Embrapa e APTA participam de publicação sobre agroenergia
Pesquisadores da Embrapa e da Agência Paulista de Tecnologia dos Agronegócios (APTA/IAC) são autores do capítulo sobre cana-de-açúcar da publicação internacional “Energy Crops”, lançada no final de dezembro, que aborda as principais culturas agroenergéticas do planeta.
O livro é uma publicação da Sociedade Real de Química do Reino Unido (Royal Society of Chemistry – RSC, em inglês) e tem como editores os pesquisadores Angela Karp e Nigel Halford, do tradicional Instituto de Pesquisas Rothamsted, vinculado ao Conselho Britânico de Pesquisa em Biotecnologia e Biologia (BBSRC, sigla em inglês).
Antonio Santiago e Walane de Mello Ivo, da Embrapa Tabuleiros Costeiros (Aracaju, SE), Segundo Urquiaga, da Embrapa Agrobiologia (Seropédica, RJ), e Raffaella Rossetto, do Instituto Agronômico de Campinas (IAC), vinculado à APTA, escreveram o capítulo sobre a cana, com base na larga experiência brasileira com a cultura – o Brasil é o maior produtor mundial desde os anos 1970.
Segundo Walane, o convite foi feito à Embrapa como resultado de sua tradição em pesquisa com agricultura tropical, e também pelos recentes investimentos em pesquisa com bioenergia, como a rede de pesquisas com cana-de-açúcar liderada pela Embrapa Tabuleiros Costeiros, que integra diversas Unidades da Embrapa e outros institutos de pesquisa.
Cultura
O capítulo escrito pelos pesquisadores brasileiros faz um histórico e contextualiza o desenvolvimento da cultura da cana no mundo. São apresentados os aspectos técnicos relacionados à demanda por nutrientes, irrigação, colheita e utilização de resíduos, além de pragas e doenças e melhoramento genético.
Os cientistas brasileiros discutem, também, o importante papel e o potencial da fixação biológica do nitrogênio para a cultura, a evolução no uso racional da água no campo e na indústria, além da eficiência energética brasileira com a produção de etanol.
Com base em estudos recentes, como o Zoneamento Agroecológico da Cana-de-açúcar, elaborado pela Embrapa, os autores fazem uma análise do processo de mudanças de uso do solo para a produção da cultura no Brasil e da disponibilidade de terras para a sua expansão.
O texto reforça a importância econômica da cana na produção de etanol e os desafios para o máximo aproveitamento de toda a planta e seus resíduos, além da redução dos impactos ambientais da atividade.
A publicação está disponível para compra no site da RSC e custa £139,99 – cerca de R$ 373. Apenas uma parte do conteúdo pode ser vista no site sem custos, mas é possível se associar à RSC para ter acesso aos livros online. “Energy Crops” tem, ainda, capítulos sobre outras importantes ou promissoras culturas agroenergéticas, como soja, milho, sorgo, palmáceas, girassol e algas.
(Fonte: Jornal Paraná)