Intercooperação: uma estratégia econômica de gestão para a Alegra Foods
Brasília (22/10) – As vantagens da intercooperação, na prática, foram evidenciadas hoje, durante a inauguração oficial da Unidade Industrial de Carnes da Alegra Foods, na cidade paranaense de Castro. O evento contou com a participação do superintendente do Sistema OCB, Renato Nobile, e do superintendente adjunto do Sistema Ocepar, Nelson Costa.
A unidade industrial, que já funcionava, é o resultado da união entre Castrolanda, Batavo e Capal que, juntas, criaram a marca Alegra Foods. Todo o processo conta com investimento feito, também, por produtores de suínos. Aliás, a união entre essas cooperativas é o exemplo concreto de que a intercooperação dentro do movimento cooperativista é uma estratégia econômica de gestão que dá resultados bastante positivos.
“É muito gratificante quando vemos a prática deste princípio cooperativista – a intercooperação. São três cooperativas, amparadas por cooperados e produtores, que resolveram topar o desafio de crescer. Essa união só deu bons frutos até agora. A Alegra Foods é um grande exemplo para o sistema cooperativista nacional”, declara Nobile.
UNIDADE INSDUSTRIAL – O parque tem 44 mil m2 de área construída, está localizada na cidade de Castro, interior paranaense, e já é responsável por gerar 400 empregos diretos e outros 1,8 mil, indiretos. Lá, os funcionários se encarregam de desossar e industrializar a carne de 2,3 mil suínos por dia.
De acordo com o superintendente da unidade, Ivonei Durigon, há a expectativa de dobrar a capacidade de produção, em quatro anos. Quando estiver em pleno funcionamento, a indústria processará 600 mil suínos/ano, na primeira fase, podendo expandir sua produção para mais de dois milhões de suínos, anuais, de acordo com o aumento da capacidade produtiva dos cooperados.
DIFERENCIAIS – A unidade é considerada a indústria mais moderna de suínos do país; a primeira da América Latina na desossa de paletas; e a primeira, mundialmente, na desossa de pernil. Além disso, é referência nos processos de automação. Ela foi construída levando em conta todos os aspectos da sustentabilidade:
- Social e econômico – prezando pela ergonomia e bem-estar dos funcionários;
- Ambiental – há um investimento adicional para a redução de poluição decorrente do processo de produção;
- Energético – há um sistema de captação de água da chuva.
VANTAGEM – Fruto do modelo de negócios aplicado pelas cooperativas Castrolanda, Batavo e Capal, a intercooperação que deu origem à unidade de carnes, garante alianças estratégicas em investimentos que oferecem ao cooperado uma alternativa rentável e estruturada no mercado. Além de promover um dos princípios do cooperativismo, operando juntas as cooperativas geram economia de escala e ganham força nos mercados regional, nacional e internacional.
INVESTIMENTO – As cooperativas investiram pesado na unidade. Do total de mais de R$ 200 milhões, 55% foram aportados pela Castrolanda, a Batavo colocou 25% e, a Capal, 20%. Neste modelo de investimento, os cooperados produtores de suínos investem na indústria do resultado na proporção de 40%.
O NOME – O significado da marca – Alegra Foods – foi pensado para que o consumidor associasse os produtos a coisas positivas, como alimentação saudável, bem estar e sabor. Para o grupo de cooperativas, o nome é de fixação fácil, que soa bem ao ouvido e que cativa o inconsciente do público. Além do mais, Alegra sugere alegria, felicidade, contentamento. A marca chegou a ser testada em mercados externos como Caribe, Rússia, Ucrânia, Dubai, China, Singapura, com a intenção de medir a aceitação. E o resultado foi muito positivo, segundo avaliam os executivos. (Com informações da Ascom da Castrolanda)