Aluna classificada no Prêmio de Redação do Cooperjovem lançará livro
Florianópolis (22/1) – A Viagem de Lucas é o nome do livro lançado por uma aluna classificada na etapa de seleção estadual do 9º Prêmio Nacional de Redação do Programa Cooperjovem: Raquel Andressa Dalpiaz Buzzi. “Eu sempre adorei ler e tinha vontade de escrever, então fui juntando informações e através dessa minha vontade de contar histórias nasceu esse livro”, falou a jovem de 14 anos durante a entrega da premiação.
O almoço promovido pela Cravil, na semana passada, ocorreu no Sítio Rancho Alegre, em Presidente Getúlio, propriedade dos pais de Raquel, Emerson e Cecília, e contou com a participação de professores e diretores da Escola de Educação Básica Estadual Cecília Ax.
A redação de Raquel ficou entre as três finalistas do Estado, entre 155 redações da categoria 6º ao 9º ano, de 75 escolas de Santa Catarina. Por meio da poesia, a aluna de Presidente Getúlio discorreu sobre o tema “Cooperação: uma prática de igualdade” escrevendo sobre o sonho de um mundo melhor. “Eu me inspirei no que eu achava ideal para um país, fui melhorando, até surgir a redação em forma de poesia”, contou.
Raquel já é veterana no concurso promovido pelo Sescoop/SC, em 2011 garantiu o segundo lugar estadual na categoria I e em 2014 ficou na nona posição na categoria II. E o histórico exemplar está no DNA, já que a irmã Júlia Alessandra Dalpiaz Buzzi, foi finalista na categoria 4º e 5º ano em 2013 e 2014.
Além delas, a escola Cecília Ax, participante do Programa Cooperjovem desde 2003, tem outros sete alunos que já foram destaque no Prêmio de Redação, inclusive com duas classificações nacionais, em 2012 com a Gabrielli Amanda Tavares e em 2014 com Leonardo Witt.
De acordo com a professora Sheila Teresinha de Andrade, o bom resultado é reflexo do interesse dos alunos, aliado a dedicação da escola e do incentivo dos pais. Dentro da sala de aula, a redação nasce muito antes de as palavras serem colocadas no papel, é preciso muita pesquisa e entendimento do tema proposto.
Jair Pedro D’Santana, diretor que esteve à frente da escola nos últimos 10 anos, ressalta que o reconhecimento dos alunos do Cecília Ax é motivo de orgulho. “Nossos alunos sempre abraçaram a ideia junto com a escola, a participação sempre foi maciça e, por isso, desde 2010 temos conquistado resultados excelentes, o que nos deixa muito felizes”.
Já o novo diretor, Tanair Hawerott, que assumiu a escola em janeiro, destaca a importância do Programa Cooperjovem na formação dos alunos, principalmente como incentivo à leitura e à escrita. “No ano passado cinco dos nossos alunos fizeram o lançamento de livros, acredito que tudo isso começou a partir do Cooperjovem, desta parceria entre a Cravil e a escola, por meio do Sescoop. Foi a partir das redações que nossos alunos despertaram e tomaram gosto pela escrita”.
A Escola de Educação Básica Cecília Ax, por curiosidade, apesar de incentivadora da leitura e da escrita, não possui biblioteca. “Nós temos apenas uma sala pequena que serve para o armazenamento de livros, um espaço de 3 x 3 metros para a troca de livros semanal, mas não é uma biblioteca com espaço adequado para estudos”, explicou Hawerott.
Além da premiação oferecida pelo Sescoop/SC e outra pela Cravil em homenagem ao Prêmio Nacional de Redação, o presidente da Cravil, Harry Dorow, anunciou, durante o almoço, o apoio da Cooperativa e também do Sescoop estadual na publicação dos livros escritos pelas irmãs Raquel e Júlia.
“O Cooperjovem é um elo de cooperação entre pais, alunos, professores, escola e comunidade, é um programa de valor social que promove a vivência democrática, além de ser um alicerce para o planejamento e realização de ações nas unidades de ensino que fazem parte deste programa”, destacou a coordenadora do Programa Cooperjovem na Cravil, Doriane Heckmann Munzfeld.
HISTÓRIA DAS HISTÓRIAS – A caçula da família Dalpiaz Buzzi, de 12 anos, escreveu sobre uma lembrança da infância, utilizando, no livro “As sete vidas de uma formiga” apelidos que as irmãs usavam. “Escrevi a história baseada nessas lembranças e na minha mania de observar o vai e vem das formigas no trabalho de cortar e carregar folhas”, ressaltou Júlia Alessandra Dalpiaz Buzzi.
Já Raquel, 14 anos, intitulou de “A viagem de Lucas” o livro que, segundo ela, é reflexo do incentivo que sempre teve dentro de casa. “Foi a minha mãe que nos apresentou os livros, tanto ela como meu pai gostam muito de ler e nos incentivaram muito”. As irmãs Buzzi fazem parte da Academia de Letras do Brasil – Seccional de Presidente Getúlio. (Fonte: Assessoria de Imprensa Cravil)