O objetivo desta pesquisa é discutir a racionalidade substantiva no contexto da Economia Solidária (ES) e das práticas de autogestão de mulheres da Rede Economia Solidária e Feminista [RESF], a partir das vozes das próprias mulheres. A pesquisa utiliza uma abordagem exploratória e qualitativa, a partir da perspectiva da história oral temática. Os grupos produtivos de mulheres da RESF configuram-se como organizações substantivas, que permitem a construção de uma economia inclusiva, baseada em valores como autogestão, cooperação e solidariedade. A pesquisa tem limitações, pois não aprofunda a questão de gênero na prática cotidiana das mulheres no grupo produtivo. As implicações práticas e sociais da pesquisa são a valorização das atividades das mulheres e a reflexão sobre sua posição ativa na sociedade. A pesquisa traz originalidade ao discutir a economia solidária, a autogestão e as organizações feministas sob a perspectiva da racionalidade substantiva proposta por Guerreiro Ramos.