Tania Zanella destaca ganhos do coop brasileiro em seminário internacional

A superintendente do Sistema OCB, Tania Zanella, proferiu palestra no workshop internacional Cooperativas pelo Desenvolvimento Sustentável. O encontro é uma realização do Sistema OCB, do Ministério das Relações Exteriores (Itamaraty) e da Organização das Nações Unidas (ONU) e acontece entre os dias 17 a 19 de julho. O tema escolhido para o seminário é em referência ao 101º Dia Internacional do Cooperativismo, comemorado sempre no primeiro sábado de julho. O encontro reuniu autoridades como o presidente em exercício, Geraldo Alckmin, e cooperativistas de 21 países de língua portuguesa. O objetivo do evento é debater oportunidades de intercooperação para fortalecer o movimento no mundo.

Tania iniciou sua apresentação com os dados do cooperativismo e seu ciclo virtuoso. Ela enfatizou que importante parte população brasileira está envolvida com o movimento, guiado pelo tripé propósito, trabalho e renda, e prosperidade para as pessoas e suas comunidades. “Somos um grande movimento que traz justiça social, cuidado ambiental e inclusão das pessoas. No Ramo Agropecuário temos levado tecnologia para o campo por meio dos nossos mais de 8 mil técnicos e extensionistas que capacitam e atualizam nossos cooperados”.

Ela acrescentou ainda, que o ramo é importante para a inclusão de pequenos produtores. “Quando falamos de inclusão, é importante ressaltar que 72% dos produtores têm perfil da agricultura familiar e que eles são responsáveis por 53% da safra nacional. Dentro de algumas culturas nossa força também é evidenciada como, por exemplo, na de trigo (75%), na de café (55%), ou na de soja (52%). Exportamos para mais de 100 países. Sabemos da nossa contribuição com a segurança alimentar mundial e queremos fazer mais”, ressaltou.

O cooperativismo de crédito também foi salientado pela superintendente por seu crescimento expressivo e por sua presença nos rincões do país, onde outras instituições financeiras não têm interesse em atuar. Ela falou ainda do cuidado das cooperativas que levam energia limpa e sustentável em áreas urbanas e rurais. “São mais de 540 projetos de geração de energia, fornecendo energia suficiente para abastecer mais de​ 1,2 milhão de residências”, disse.

Tania também explicou que os ganhos do movimento são fruto de muito trabalho, alinhado à representação institucional do Sistema OCB, acionado pela base a partir de suas Organizações Estaduais. A atuação junto aos Três Poderes se dá por meio dos mais de 60 fóruns de discussão, no Executivo; em ações na condição de amicus curiae, no Judiciário; e no monitoramento e articulação de propostas no Legislativo, com participação da Frente Parlamentar do Cooperativismo (Frencoop). Além disso, as reuniões com atores estratégicos de entidades e agências também são realizadas para captar oportunidades de negócios.

“Além da representação, temos ainda dois eixos de atuação: ESG (respeito ambiental, cuidado social e boa gestão) e Negócios (nacional e internacional) para aumentar a competitividade das nossas cooperativas. Estamos implementando essa pauta mundial com o ESGCoop, para mostrar onde estão as nossas boas práticas, mapeando-as para mensurar os resultados nos parâmetros internacionais e comunicar isto para a sociedade. Temos inúmeros exemplos de que as cooperativas contribuem para o alcance dos Objetivos de Desenvolvimento Sustentável (ODS’s)”, afirmou.

A superintendente lembrou que a presença do presidente do Sistema OCB, Márcio Lopes de Freitas, no Conselho de Administração da Aliança Cooperativa Internacional (ACI) é muito importante para levar as contribuições brasileiras às políticas públicas mundiais do movimento. Por fim, ela agradeceu a parceria de longa data com a Agência Brasileira de Cooperação (ABC), órgão vinculado ao Itamaraty, que tem fomentado o desenvolvimento do cooperativismo em outros países por meio da cooperação internacional.

A palestra foi encerrada com um vídeo institucional do Sistema OCB sobre o desafio do coop brasileiro a ser cumprido até 2027, o BRC 1 Tri, que pretende movimentar financeiramente R$ 1 trilhão em prosperidade, agregar 30 milhões de cooperados e gerar 1 milhão de empregos diretos.

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