CPMI da Terra rejeita relatório que atacava Sistema OCB

"A Comissão Parlamentar Mista de Inquérito (CPMI) da Terra rejeitou hoje (29/11), por 13 votos contra, 7 a favor e 1 abstenção, o relatório final do deputado João Alfredo (PSOL-CE) que denunciava supostas irregularidades, consideradas inconsistentes, no Sescoop e no SENAR e pedia a extinção desses órgãos. Em seguida, a Comissão aprovou, por 12 votos contra 1.

Para evitar que as citações do Deputado João Alfredo afetassem de alguma forma a imagem do Sistema Cooperativista, a equipe da Assessoria Parlamentar da OCB trabalhou ativamente para que fossem retiradas do relatório as citações às entidades do sistema ou para a rejeição do documento, o que acabou ocorrendo.

Os parlamentares que votaram pela rejeição do relatório do deputado João Alfredo criticaram as referências feitas no documento ao Sescoop, ao SENAR e à OCB e pediram mais responsabilidade do relator. São eles os senadores César Borges (PFL-BA), Gilberto Goelner (PFL-MT), Flexa Ribeiro (PSDB-PA), Wellington Salgado (PMDB-MG), Juvêncio Fonseca (PDT-MS) e Mozarildo Cavalcanti (PPS-RR).

Os deputados Abelardo Lupion (PFL-PR), Onyx Lorenzoni (PFL-RS), Moacir Micheletto (PMDB-PR), Max Rosemann (PMDB-PR), Xico Graziano (PSDB-SP) e Luiz Carlos Heinze (PP-RS) também votaram pela rejeição do relatório do Deputado João Alfredo. Embora não tivessem votado, os deputados Ronaldo Caiado (PFL-GO), presidente da Comissão de Agricultura da Câmara, e Odacir Zonta (PP-SC), presidente da Frencoop (Frente Parlamentar do Cooperativismo) acompanharam toda a reunião da CPMI.

Com a inclusão na pauta do relatório paralelo de Lupion, o relator João Alfredo retirou-se da sala, seguido pelos deputados Adão Pretto (PT-RS) e Luci Choinacki (PT-SC) e pela senadora Ana Júlia Carepa (PT-PA).

O relatório de Lupion também pedia o indiciamento de cinco lideranças do Movimento dos Sem Terra (MST), mas destaque da senadora Heloísa Helena (PSOL-AL) excluiu a medida. A senadora conseguiu também convencer os demais membros da CPMI a não propor a suspensão da destinação de recursos públicos para as entidades ligadas ao MST - Anca, Concrab e Iterra. Ficou mantido, porém, a recomendação de indiciamento dos três dirigentes dessas entidades.
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