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Os sistemas cooperativos atuantes na saúde suplementar são referências na prestação de serviços médicos e odontológicos. Esta constatação foi corroborada com a avaliação anual da Agência Nacional de Saúde Suplementar (ANS), publicada no final de dezembro passado. A notoriedade pode ser observada por meio do Índice de Desempenho da Saúde Suplementar (IDSS) 2022, que teve como base o ano de 2021. As 235 operadoras do sistema Unimed foram classificadas em boas faixas de desempenho e, das 60 operadoras com nota máxima, 53 são operadoras Unimed. Já as Uniodontos somaram 13 das 18 maiores notas (acima de 0,9) das operadoras exclusivamente odontológicas.
A Seguros Unimed foi considerada a seguradora mais bem avaliada do mercado, com destaque nas dimensões de Sustentabilidade no Mercado, com pontuação máxima (a variação é de zero a um), Qualidade na Atenção à Saúde e Gestão de Processos e Regulação. O presidente da Seguradora, Helton Freitas, comemorou mais um ano de bons serviços prestados e reconhecidos pelos consumidores.
“A Seguros Unimed segue uma trajetória de crescimento sustentável há mais de três décadas, sempre com foco na satisfação dos clientes, na inovação a serviços do cuidado e na melhoria contínua dos seus processos e serviços assistenciais. Celebramos está boa notícia com a chancela do nosso órgão regulador, junto às demais empresas do Sistema Unimed, com 53 cooperativas figurando entre as operadoras de nota máxima na avaliação”, afirmou Freitas.
A Unimed Sul Capixaba, no Espírito Santo, também é destaque no relatório. Para o diretor-presidente da cooperativa, Fernando Lemgruber, "a avaliação com nota máxima no índice IDSS pelo quarto ano consecutivo consolida os nossos esforços em garantir a qualidade de atendimento e assistência em saúde na região Sul do Espírito Santo. Buscamos inovar e investir em nossa estrutura e equipe para oferecer a melhor experiência aos nossos clientes".
A Uniodonto Rio Claro (SP) ficou em terceiro lugar no ranking das operadoras exclusivamente odontológicas. Segundo a presidente da cooperativa, Rosangela da Silveira Freitas, “o IDSS é um índice no qual a Uniodonto de Rio Claro se baseia há muito tempo para realizar melhorias no atendimento dos clientes. A prevenção como promoção de saúde é uma regra entre nossos cooperados no atendimento aos beneficiários. A preocupação com a rede de atendimento e com a sustentabilidade no mercado são desafios constantes. Para uma gestão de processos e regulação, contamos com o apoio incondicional do Sescoop. Para que tudo isso funcione muito bem temos o excelente atendimento dos nossos cooperados e a eficiência dos nossos colaboradores”.
A iniciativa da ANS tem por objetivo estimular a qualidade dos planos de saúde, ampliar o acesso à informação e permitir que o consumidor compare os desempenhos das operadoras de saúde para fazer a melhor escolha quando necessita contratar serviços de assistência médica complementar.
O índice é calculado a partir de indicadores definidos pela agência e distribuídos em quatro dimensões: Qualidade em Atenção à Saúde, que avalia o conjunto de ações que contribuem para o atendimento do beneficiário com destaque na promoção, prevenção e assistência prestada; Garantia de Acesso, que trata das condições que possibilitam o atendimento abrangendo a oferta de rede de prestadores; Sustentabilidade no Mercado, que considera o equilíbrio econômico-financeiro, a satisfação do usuário e o compromisso com os prestadores; e Gestão de Processos e Regulação, que afere o cumprimento das obrigações junto à ANS.
Unimed - Com 55 anos de atuação, o Sistema Unimed é composto por 341 cooperativas, que congregam 118 mil médicos e atende cerca de 19 milhões de clientes em suas 150 unidades hospitalares e em seus mais de 29 mil hospitais, clínicas e serviços credenciados.
Uniodonto - O Sistema Uniodonto foi fundado em 1972. Atualmente, mais de 22 mil cirurgiões-dentistas compõe sua rede de atendimento que se organiza em 117 cooperativas, atendendo mais de 3 milhões de beneficiários em todo o território nacional.
Para saber mais sobre o IDSS, clique aqui.
O ano de 2022 foi bastante produtivo e recheado de resultados positivos para as cooperativas, cooperados e colaborares do movimento. A participação em temas estratégicos tanto na política como nas relações institucionais no Brasil e no mundo acarretou novos negócios, produtos e serviços ofertados, melhorando o desempenho econômico e social do país.
Entre os principais destaques está o aumento do número de cooperados, que atingiu 18,8 milhões pessoas e já representa quase 8% da população brasileira, segundo dados do AnuárioCoop 2022. O número é 10% superior ao de 2020, quando foram registrados mais de 17 milhões de cooperados no país. O total de cooperativas subiu para 4.880. Outro dado importante é que a participação feminina em cargos de liderança passou de 17% para 20%.
A Casa do Cooperativismo também contribuiu significativamente para a construção de políticas públicas relevantes como o Projeto de Lei Complementar (PLP 27/20), que se transformou na Lei Complementar 196/22 e modernizou a legislação que rege a atuação das cooperativas de crédito, e a elaboração do Plano Safra 22/23, que destinou o montante de R$ 340,88 bilhões em financiamentos para apoiar o agro nacional, um aumento de 36% em relação ao ano anterior.
Além disso, o adequado tratamento tributário ao ato cooperativo foi um dos principais pontos de debate da Reforma Tributária (PEC 110/2019), que continua em tramitação no Congresso Nacional e representa uma das demandas primordiais do movimento para manter sua competividade.
Institucionalmente, também foram promovidos diversos eventos como, por exemplo, a Semana de Competitividade, o lançamento da Agenda Institucional do Cooperativismo, o Dia C, a entrega do Prêmio SomosCoop Melhores do Ano, entre outros.
Para complementar, as publicações técnicas, jurídicas, e-books, boletins com estudos e tendências, bem como radar de boas práticas, foram outras atividades importantes para fortalecer o movimento ao longo do ano. Os cursos de capacitação presenciais e em EAD integraram a pauta de formação e, permitiram, inclusive, que outros países fossem ajudados com as técnicas e táticas do coop brasileiro, em especial, nos ramos Agro e Crédito.
“Tivemos tantas vitórias, que temos certeza de que estamos no caminho certo. Os resultados deste ano expressam quão sólida é a base do nosso movimento e o quanto o nosso modelo de negócios tem sido cada vez mais acessado pela população. Mesmo diante de uma crise sanitária mundial criamos oportunidades, inovamos e nos fortalecemos. Está claro que somos essenciais para a retomada da economia brasileira, mas sobretudo, para levar prosperidade para o Brasil e para o mundo”, destaca o presidente, Marcio Lopes de Freitas.
Ele também agradeceu a cada cooperativa, cooperado e colaborador que atua em prol das ações e atividades do cooperativismo e renovou o desejo para que, juntos, seja possível continuar essa jornada por um mundo mais justo, equilibrado e feliz para todos.
“O cooperativismo tem em sua natureza, o desafio de pensar o futuro a partir de perspectivas que contribuam para consolidar cada vez mais uma economia social, centrada no bem-estar da sociedade e no desenvolvimento sustentável. Acreditamos na prosperidade. E isso não significa apenas gerar riqueza. É muito mais. É um conjunto de boas práticas que transborda e derrama valores por onde passa e transforma a vida das pessoas”, complementou.
Representação Internacional
Em âmbito internacional, o presidente Marcio Lopes de Freitas foi eleito, em junho, por maioria expressiva para compor o Conselho de Administração da Aliança Cooperativa Internacional (ACI), órgão máximo do movimento em todo o mundo. A presença dele garantirá, entre outras possibilidades, acesso a novos mercados para o coop brasileiro. Atualmente, produtos de 508 cooperativas estão nas prateleiras dos mais diversos países. “Estamos trabalhando para fortalecer a cultura da cooperação e garantir mais legitimidade, maior representatividade e interlocução mais direta entre os países membros da ACI”, destacou o presidente.
A Aliança Cooperativa Internacional (ACI) tem 126 anos de existência e é uma organização não-governamental independente que reúne, representa e atende organizações cooperativas em todo o mundo. É a voz mundial das cooperativas e trabalha com governos e organizações globais e regionais para criar ambientes legislativos que possibilitem a formação e o crescimento das cooperativas. O Sistema OCB é filiado a ela desde 1989 e o primeiro presidente não europeu foi o cooperativista brasileiro Roberto Rodrigues.
Inovação
De acordo com dados do Sistema OCB, oito em cada dez cooperativas consideram a inovação fundamental e estratégica para aprimorar sua atuação nos mais variados ramos do coop. Para apresentar as principais tendências da atualidade, a entidade publicou, em abril, o livro Inovação no Cooperativismo: Um guia descomplicado para quem deseja inovar mais e melhor no universo coop.
A publicação oferece ao leitor uma experiência singular: a personagem Eliza, em homenagem à única mulher entre o grupo de fundadores do cooperativismo, Eliza Brierley. Por meio de QR Code, ela guia o leitor e conecta o texto impresso com a realidade aumentada. Na abertura de cada capítulo, Eliza se projeta nas telas dos smartphones e fala com o leitor.
Outros e-books também foram publicados pelo Sistema OCB ao longo do ano para auxiliar as coops a inovarem, planejarem e otimizarem suas atividades. O Programa Conexão com Startups, por exemplo, foi transformado em livro digital para auxiliar e complementar as lacunas existentes dentro do ambiente cooperativista, especialmente com as oportunidades de investimento de recursos em temáticas de inovação e tecnologia.
Pesquisa
Em maio, o Serviço Nacional de Aprendizagem do Cooperativismo (Sescoop) e o Conselho Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico (CNPq) lançaram edital voltado às pesquisas científicas sobre o cooperativismo. O edital recebeu 131 projetos e selecionou 44. Com fomento de R$ 4 milhões, os pesquisadores podem custear bolsas, passagens, hospedagens, participação em congressos e até comprar equipamentos e materiais para execução do estudo.
A parceria entre o Sescoop e o CNPq teve início em 2017, quando foi assinado o Acordo de Cooperação Técnica e Financeira para a operacionalização de chamadas públicas para financiamento de projetos de pesquisa científica. O primeiro edital, em 2018, recebeu 374 inscrições. Foram contemplados 41 projetos, de 14 estados diferentes, com recursos que somaram R$ 2,8 milhões, repassados às universidades e institutos de pesquisa.
Ações sociais
O primeiro sábado de julho é marcado, anualmente, pelo Dia de Cooperar ou Dia C. Neste ano, a data foi celebrada com entusiasmo pelas Organizações Estaduais que compõem o Sistema OCB. Após dois anos da crise sanitária internacional da Covid-19, o evento voltou a contar com atividades presenciais e programação diversificada. Foram mais de 14 mil iniciativas que beneficiaram quase 25 milhões de pessoas.
Competitividade
Durante a Semana de Competitividade do Cooperativismo, evento realizado em agosto no formato híbrido (presencial e online), mais de 600 cooperativistas estiveram em Brasília para aprimorar seus conhecimentos sobre inovação, gestão e governança, além de divulgar seus produtos e serviços. Os comitês de jovens e mulheres, Geração C e Elas Pelo Coop, marcaram presença e tiveram a oportunidade de apresentar o Manifesto Coop, em defesa do movimento, para um auditório lotado.
O desafio BRC R$ 1 Tri de Prosperidade e o Programa ESGCoop também foram lançados durante o evento. O BRC tem por objetivo aumentar, até 2027, a movimentação financeira do coop para R$ 1 trilhão e o número de cooperados para 30 milhões. Já o ESGCoop pretende promover as estratégias de governança, respeito ambiental e cuidado social com indicadores do que comprovem as atividades nesse sentido já desenvolvidas e coordenadas pelo cooperativismo.
SomosCoop
Criado para difundir ainda mais o cooperativismo para a sociedade, o movimento SomosCoop, desenvolveu inúmeras estratégias durante o ano, como campanha publicitária com Guga Kuerten e o lançamento da primeira temporada da websérie SomosCoop na Estrada. Sob o comando da jornalista Glenda Kozlowski. Ela percorre todo o país para mostrar o dia a dia das cooperativas de forma descontraída, outra iniciativa importante para a divulgação dos benefícios que o cooperativismo oferece para a sociedade. Os dez episódios que contemplam todos os ramos do coop, conquistou adeptos em todo o Brasil.
Mundo
Missões Internacionais marcaram significativamente as atividades do Sistema OCB durante todo o ano. Além de recepcionar embaixadores, autoridades e dirigentes de outros países, a equipe técnica da Casa do Cooperativismo participou de inúmeros eventos e ofertou, inclusive, capacitação para cooperados de outras nações.
Um dos destaques da atuação da entidade foi a participação da superintendente e da gerente de Relações Institucionais, Tania Zanella e Clara Maffia, no Conselho Mundial das Cooperativas de Crédito (Woccu), na Escócia. O Conselho engloba 86.451 cooperativas de crédito em 118 países, que atendem 375 milhões de pessoas e já implementou mais de 300 programas de assistência técnica em 90 países.
Outro destaque foi a participação das cooperativas de Cafeicultores e Agropecuaristas (Cocapec) e Prata da Cuesta Sustentavel (Coopercuesta) na feira de agronegócios Thaifex Anuga 2022, na Tailândia, o que representou um importante reconhecimento internacional dos produtos coop. A Thaifex atrai milhares de expositores e visitantes de todo o mundo e é considerada uma porta de entrada estratégica para negócios que visam capitalizar e crescer nos países do Sudeste Asiático.
Em Botsuana, na África, o Sistema OCB capacitou 26 representantes do governo local e da cooperativa de Kweneng Norte para fortalecimento do movimento no país. O foco do treinamento foi na área de contabilidade com explicações sobre demonstrações contábeis, balanço patrimonial e demonstrativo de resultados por exercício.
Além disso, a Reunião Especializada de Cooperativas do Mercosul (RECM), definiu o cronograma de trabalho para o próximo biênio (2023-2024) e ficou acordada a realização de missão internacional comercial conjunta à Ásia, com visitas à Singapura, Tailândia e Vietnã com o objetivo de impulsionar a exportação de produtos das coops do Mercosul: Argentina, Brasil, Paraguai e Uruguai.
Exportação
O convênio entre o Sistema OCB e a Agência Brasileira de Promoção de Exportações e Investimentos (Apex-Brasil) avançou mais em 2022 com o Programa de Qualificação para Exportação direcionado ao coop, o Peiex-Coop. Cerca de 50 cooperativas com potencial de exportação, que atuam na produção de cafés especiais, frutas frescas, lácteos, meles e proteína animal, fazem parte dessa etapa do programa.
O Peiex permite que as coops iniciem seus processos de exportação de forma planejada e segura. Nos últimos quatro anos, a presença das cooperativas nas exportações brasileiras, independente do seu porte, tem se mantido estável. O objetivo é ampliar o número de coops exportadoras, bem como a atuação das que já acessam o mercado internacional.
Meio ambiente
O cooperativismo brasileiro foi convidado a integrar painel na 27ª Conferência das Nações Unidas sobre Mudança do Clima, a COP27, para falar sobre a contribuição das cooperativas para o alcance das metas globais de sustentabilidade e de desenvolvimento social. A indicação das coops foi feita pelos ministérios do Meio Ambiente (MMA) e de Minas e Energia (MME). CCPR (MG), Coopercitrus (SP), Cocamar (PR) e Coplana (SP) apresentaram suas ações em defesa de um ambiente produtivo mais sustentável. Na ocasião, o coop reafirmou seu compromisso com a sustentabilidade, por meio do Manifesto publicado no site https://cooperacaoambiental.coop.br/
Capacitação
A plataforma CapacitaCoop atingiu 100 cursos ofertados e mais de 32 mil alunos cadastrados. Criada em 2020 para efetivar o 5º princípio do cooperativismo, que tem foco na educação, formação e capacitação, a iniciativa vem se consolidando como a principal estrutura de ensino à distância do coop brasileiro. Atualmente, quase três mil cooperativas utilizam a plataforma para ampliar os conhecimentos de seus cooperados e funcionários.
Melhores do Ano
A 13ª edição do Prêmio SomosCoop Melhores do Ano bateu recorde de inscrições com a 787 projetos e 431 cooperativas participantes de todos os estados da Federação. Destes, 18 foram escolhidos como finalistas e participaram da cerimônia de entrega dos troféus. Já o Influenciador Coop foi escolhido por meio de votação popular. Além dos troféus, os primeiros colocados de cada categoria também receberam bolsas para intercâmbios internacionais. Os projetos vencedores emocionaram e demonstraram a diversidade e a abrangência do movimento em todo o Brasil.
O que começou como um experimento para as cooperativas goianas tornou-se um curso, em nível nacional, sobre Filosofia de Gestão (FG) voltado para o modelo de negócios cooperativista. O MasterClass FG Academy foi inaugurado, nesta terça-feira (25), com aula magna que contou com a participação do presidente do Sistema OCB, Marcio Lopes de Freitas. As soluções personalizadas são frutos de parceria, inicialmente, entre o Sistema OCB/GO e a empresa Thutor, especializada em técnicas de gestão com desenvolvimento de propósito.
Marcio parabenizou a iniciativa do presidente do Sistema OCB/GO, Luís Alberto Pereira, e os investimentos das coops em capacitação e formação de seus cooperados, bem como o monitoramento de suas atividades que, segundo ele, vêm apresentando sinais de desempenho cada vez mais positivos.
“É importante termos parceiros adequados para desenvolver permanentemente nosso modelo de negócios. O presidente Luís Alberto foi muito feliz em investir no principal capital da cooperativa, que são nossos cooperados. A humanidade não está satisfeita com os atuais modelos: capitalismo desenfreado ou socialismo concentrador. O coop tem tudo a ver com os anseios da população, que clama por uma economia mais compartilhada e isto está em nosso DNA. Claro, sem abrir mão da competitividade, da sustentabilidade e da eficiência em gestão. Todos esses pontos passam pela formação de nossos cooperados e dirigentes”, considerou o presidente Marcio.
O presidente do Sistema OCB também destacou o desafio BRC 1 Tri de Prosperidade, que tem entre seus objetivos, garantir o bem-estar de todas as pessoas e projeta como meta, somar 30 milhões de cooperados e movimentar R$ 1 trilhão nos próximos cinco anos (até 2027). “Somos capazes de gerar prosperidade para além do desenvolvimento econômico. Estamos empenhados nisto e, para alcançarmos essa meta, começamos formando gente. Com o FG Academy tenho certeza de que vamos mais rápido, sobretudo, nas nossas métricas ESGCoop. Desejo muito sucesso aos instrutores e aos participantes dessa formação. Vamos fazer um Brasil melhor para todos”, enfatizou.
As experiências com a Thutor motivaram o Sistema OCB/GO a aumentar o alcance da capacitação dentro do modelo de filosofia de gestão. “Queríamos construir uma base que fosse mais acessível para várias coops e, após nosso primeiro projeto, aperfeiçoamos algumas questões e lançamos o FG Academy. Eu reforço que é necessário que haja envolvimento dos dirigentes para avançarmos. Desejo bons estudos a todos neste curso, onde a felicidade das pessoas é o principal foco”, salientou Luís Alberto Pereira.
Segundo o fundador da Thutor, Marcio Fernandes, o coop é uma escolha consciente para um caminho de sucesso com prosperidade. “O desafio BRC 1 Tri será atingido muito antes e com o FG Academy vamos perpetuar as conexões com as pessoas para melhor compreendê-las. Dá para ganhar dinheiro pensando em melhorar a qualidade de vida e alinhar isto ao dinamismo, inovação, resiliência, pensamento estratégico e foco nos resultados. É uma jornada de transformação cultural, e nela temos quatro pilares: acreditar, praticar, melhorar e compartilhar. Nosso curso é voltado para lideranças, gestores, presidentes, dirigentes e todas as pessoas que querem novas ferramentas no seu cinturão de habilidades”.
O presidente do Sistema OCB/MS, Celso Regis, avaliou que os desafios futuros exigem que as estratégias do coop precisam ser aperfeiçoadas. “Precisamos buscar errar menos para chegarmos a R$ 1 trilhão de prosperidade. Temos capacidade e empreendimentos cooperativos formidáveis aliados ao propósito de melhorar a qualidade de vida das comunidades onde estamos inseridos”.
O curso
O objetivo do curso é transferir conhecimentos sobre Filosofia da Gestão para as cooperativas de forma prática. Até três dirigentes de cada coop poderão acessar as aulas virtuais, os materiais didáticos e contar com as tutorias. A plataforma Wave foi criada para atender os alunos e funcionará, além de biblioteca com materiais necessários, como uma rede de conexão entre as coops. Com duração de 36 meses, separados em três jornadas de aprendizado – 12 meses cada (200 horas) – os estudos estão alinhados com entendimentos comuns do Programa de Desenvolvimento da Gestão das Cooperativas (PDGC). A cada módulo haverá avaliações. Ao final dos 36 meses, as coops serão certificadas pela FG Academy.
O livro Inovação no cooperativismo — um guia descomplicado para quem deseja inovar mais e melhor no universo coop, já está disponível também em versão digital no site InovaCoop. A publicação, lançada em formato físico no início do ano, traz o que há de mais atual em estratégias e ferramentas para implementação de programas de inovação dentro das cooperativas. O e-book é mais uma ação de capacitação promovida pelo Sistema OCB.
“Este livro é fruto de um trabalho intenso focado em mostrar caminhos para que nossas atividades estejam sempre um passo à frente na missão de transformar o mundo em um lugar mais justo, equilibrado e com as melhores oportunidades para todos. Nossa história mostra que o cooperativismo sempre foi inovador. Esta publicação não é apenas uma fonte de consulta e de referência, mas um convite a assumirmos atitudes ousadas e inovadoras em nosso dia a dia. Agora, no formato digital, pode ser acessado mais rapidamente até mesmo no celular”, destaca o presidente Marcio Lopes de Freitas.
O livro, que amplia a visibilidade das boas práticas já desenvolvidas ou em andamento no coop, está dividido em seis partes que versam sobre a introdução ao tema, estratégias e metodologias e tendências de futuro. Cada capítulo traz ainda cases de sucessos e artigos assinados por especialistas no assunto como Martha Gabriel, Arthur Igreja, Jacson Fressatto, Samyra Ribeiro, Eduardo Damião e Mário De Conto. A publicação tem ainda um dicionário com os principais verbetes e conceitos relacionados ao coop.
“Inovar não significa criar sistemas totalmente novos, mas descobrir um jeito diferente de fazer as coisas, de forma mais simples e eficaz, com redução de custos e ganho de produtividade”, salienta o presidente.
O sucesso em inovações no seguimento do transporte em Israel foi o mote da missão internacional organizada pelo Sistema OCB e que contou com uma comitiva de 25 dirigentes de coops do Ramo Transporte. Nove estados brasileiros participaram das agendas, que aconteceram entre os dias 6 e 10 de novembro, para conhecer com profundidade as soluções de mobilidade inteligente, utilização de novas ferramentas tecnológicas para a organização da cadeia logística do transporte de passageiros e cargas.
Em Israel, a comitiva fez reunião de alinhamento no escritório da Apex-Brasil, em Jerusalém, para conhecer as oportunidades de investimento e financiamento para o setor na temática de novas tecnologias. Os cooperativistas brasileiros visitaram a sede do Ministério de Transportes do país, em Tel Aviv, e conheceram a parceria público-privada Smart Mobility, que é liderada pelo Ministério. A atuação governo israelense está baseada em implementar soluções inteligentes e colocar o país como referência no segmento de transportes. Segundo relatado na visita, Israel está se preparando para viabilizar o tráfego de carros autônomos nos próximos anos.
Israel é considerado o terceiro maior ecossistema de startups do mundo, atrás apenas dos Estados Unidos e do Reino Unido. Por isso, a pequena nação do Oriente Médio, com uma população de apenas 10 milhões de pessoas, e o território menor que o do estado de Sergipe é considerada Nação Startup por ter este destaque internacional no estímulo à inovação. O grupo também se reuniu com a startup Mobileye, que é a maior empresa de sistema de sensores para automação de veículos do planeta
“Essa empresa tem tecnologia de câmeras nos carros que, por exemplo, detectam risco de colisão e aciona os freios evitando a batida. A delegação foi recebida na sede da empresa, em Jerusalém, com apresentação das tecnologias que poderiam ser levadas tanto para frotas de táxis, vans, transporte escolar, como de caminhões das cooperativas”, contou o Gerente do Núcleo de Inteligência e Inovação do Sistema OCB, Robson Silva.
O grupo conheceu ainda a startup Nacional Central, que é uma organização da sociedade civil, que congrega as cooperativas israelenses. A delegação também teve a oportunidade de se reunir com a EcoMotion, aceleradora que reúne startups voltadas para o setor de transportes no país. Os israelenses apresentaram quatro startups alinhadas com os objetivos da missão brasileira, que tiveram a oportunidade de conhecer projetos de tecnologias de ponta e automatização de frota. O grupo foi recebido por executivos da Enigmatos, Make My Day, Imagry e RoadSense, empresas e startups de destaque no setor da inovação em transporte em todo o mundo.
Tráfego aéreo
A comitiva teve a oportunidade de conhecer a Iniciativa de Mobilidade Aérea Urbana de Israel (Naama), que tem, entre suas metas, estabelecer rotas nacionais para drones transportarem cargas leves. Em outro aspecto, o país quer incentivar a opção por veículos elétricos para a população. O coordenador de monitoramento do Sescoop/PR, João Gogola Neto, observou que a criação de plataformas que possibilite a operação de empresas do segmento em termos de infraestrutura e regulamentação foram outras reflexões da missão.
Outro programa apresentado aos brasileiros foi o Mazor Mishamayim (Alívio do Céu), ainda em fase piloto e que foi criado para enfrentar os desafios da crise sanitária provocada pela Covid-19. A iniciativa ajudou o Ministério da Saúde do país, bem como hospitais, farmácias e laboratórios no transporte de medicamentos e equipamentos. Desta forma, criaram uma rede nacional de transportes destes insumos.
Passageiros
A comitiva visitou o Egged Group, na cidade de Holon. A empresa, que já atuou como cooperativa e está em atividade há 90 anos, é considerada uma das maiores no ramo de transporte público do mundo. Nos últimos anos, ela ampliou suas atividades tanto em transporte público, como nas áreas de interface. Foi responsável pela construção e operação da Linha Vermelha para o sistema de transporte público e atua também em pesquisa, desenvolvimento e estabelecimento de redes de trânsito inteligentes, além de soluções de passeio sob demanda.
A empresa opera dentro e ao redor de Israel, presta serviço de manutenção, distribuição e produção para a indústria automotiva. Seus serviços são ofertados também na Europa e opera ainda no setor de turismo. A Egged é responsável por 30% do mercado, emprega nove mil pessoas em Israel e em outros países, além de faturar anualmente mais de U$ 1 bilhão com seus quatro mil ônibus de transporte coletivo.
Kibutz
Na cultura judaica há um movimento que significa proximidade e se chama Kibutz. O modelo surgiu em 1910 para aglutinar judeus em comunidades que cooperavam entre si. Desta forma, toda produção e geração de renda era feita em modelo cooperativista, especialmente na produção agrícola.
No contexto da missão de estudos, a comitiva brasileira visitou dois Kibutz e foi recebida pelo vice-Ministro da Economia de Israel, Yair Golan. Eles puderam dialogar sobre os desafios na elaboração de políticas públicas para as cooperativas no país. Na oportunidade, os dirigentes brasileiros participaram de curso voltado para liderança e fomento à inovação.
Já em visita ao Porto de Haifa, maior terminal portuário de cargas de Israel, e um dos maiores do Oriente Médio, os dirigentes conversaram sobre oportunidades de complementação de frete, ou seja, como inserir as coops brasileiras nesta logística internacional entre os dois países ou de empresas israelenses que atuam no Brasil.
Capacitação
O Sistema OCB promoveu, como parte da programação da missão de estudos, um workshop com uma das principais instrutoras e palestrantes israelenses sobre inovação no setor de transportes, Marina Smolyanov. Os delegados puderam discutir o papel do cooperativismo brasileiro no fomento à inovação no setor de transporte de passageiros e de carga em nosso país.
As inovações estão presentes e são necessárias para melhorias em todos os segmentos econômicos. A utilização de plataformas para angariar novos clientes e otimizar suas atividades é tema em voga em todo o mundo. No coop não seria diferente. O movimento de vanguarda já vem se utilizando de recursos digitais para oferecer seus produtos e serviços, aumentando os ganhos das cooperativas e de seus cooperados.
Com o patrocínio do Sistema OCB e do Sistema OCB/RJ, a 7ª Conferência Internacional do Cooperativismo de Plataforma foi realizada no simbólico Museu do Amanhã, na capital carioca, entre os dias 4 e 6 de novembro. Para falar sobre o jeito coop de se fazer negócios, bem como as tendências já aplicadas pelo Sistema OCB, a gerente de Relações Institucionais, Clara Maffia, destacou as ações desenvolvidas para aumentar o reconhecimento do coop em nossa sociedade.
“Temos compromisso com o nosso modelo de negócios, que é voltado para as pessoas. Com o SomosCoop queremos que o cooperativismo brasileiro, que faz muito e faz bem, seja cada vez mais reconhecido por nossa sociedade. E para que o coop esteja sempre dentro das tendências de mercado, oferecemos cursos de capacitação e EAD, na nossa plataforma de aprendizagem CapacitaCoop. Dentro do nosso canal de inovações, o InovaCoop, disponibilizamos boas ideias já praticadas pelas cooperativas que podem e devem ser replicadas em benefício de todas as cooperativas”, destacou Maffia.
A gerente apresentou o case da cooperativa Fetrabalho, do Rio Grande do Sul, que participou da primeira edição do programa Conexão com Startups, do Sistema OCB. A coop tinha como desafio desenvolver um aplicativo com todo seu portfólio de produtos e serviços em um único lugar, justamente, para avançar no modelo de economia de plataforma. O aplicativo é referência para outras cooperativas brasileiras e tem sido a ponte para a venda não apenas para o povo gaúcho, como para todo o Brasil.
A Conferência
Esta é a primeira vez em que a Conferência Internacional do Cooperativismo de Plataforma é sediada em um país do chamado Sul Global. As outras edições foram realizadas em Nova York (EUA), Berlim (Alemanha) e Hong Kong (China). O evento contou com mais de 300 pessoas na plateia e abordou o cooperativismo de plataforma em amplo aspecto como: novos modelos para o futuro da economia; dualidade, diálogos e oportunidades; e alternativas para a economia digital.
A abertura ficou a cargo do superintendente do Sistema OCB/RJ, Abdul Nasser, que destacou a importância da mobilidade social trazida por este segmento comercial, que é a utilização de plataformas. Ele frisou que o evento é mais uma oportunidade para tornar mais conhecidos os princípios que norteiam o coop para que mais pessoas se engajem e alcancem objetivos comuns.
Logo na primeira mesa do encontro foram apresentadas iniciativas de sucesso como do coletivo Señoritas Courier, formada por mulheres e pessoas LGBTQIA+, que realizam entregas de bicicletas; e do assistente virtual Contrata quem Luta, desenvolvido pelo Movimento dos Trabalhadores Sem-Teto, com a finalidade de conectar profissionais e clientes que necessitam de serviços de limpeza ou pintura.
Para identificar e disponibilizar soluções tecnológicas que conectem startups com as cooperativas, empresas, investidores, institutos de tecnologia e universidades, o Sistema OCB apoia e é parceira da iniciativa da Confederação Nacional da Agricultura e Pecuária do Brasil (CNA) denominada Hub CNA Digital. O espaço foi inaugurado, na terça-feira (26), e conta com estações de trabalho, salas de reuniões, cabines para conferências e espaços para convivência e eventos.
“Não tenho dúvidas de que o Hub de Inovação da CNA irá contribuir para acelerar a digitalização no campo. Na largada, já são cinco desafios importantes e todos em sinergia com as pautas do Ramo Agro do cooperativismo”, parabenizou Robson Silva, gerente do Núcleo de Inteligência e Inovação do Sistema OCB.
Durante o evento foram lançados cinco desafios para que as startups apresentem soluções. São eles: conectividade no campo; seguro paramétrico; rastreabilidade animal; pagamento por serviços ambientais - crédito de carbono; e comércio eletrônico. Cada projeto receberá R$ 150 mil (de um total de R$ 750 mil) e terá 12 meses para desenvolvimento.
O presidente da CNA, João Martins, ressaltou que a agropecuária passa por um novo ciclo de desenvolvimento e carece que as tecnologias cheguem ao campo com mais velocidade e dinamismo, inclusive para pequenos produtores.
“Essa quarta revolução da agropecuária, chamada de Agro 4.0, apresenta mais um importante desafio: capacitar os produtores rurais e difundir tecnologia para o processo de digitalização das propriedades. As soluções tecnológicas aqui pensadas e desenvolvidas serão disponibilizadas de forma acessível e adaptada às diversas realidades brasileiras utilizando a rede de assistência técnica”, disse Martins.
Para o ministro da Agricultura, Pecuária e Abastecimento, Marcos Montes, o espaço será “um criadouro de startups”. Montes frisou que estas soluções, em especial, para a rastreabilidade da produção animal e vegetal, é fundamental, pois representa uma lacuna que abre espaço para críticas internacionais à sustentabilidade do agronegócio nacional.
*Com informações da assessoria da CNA
A CapacitaCoop, plataforma de aprendizagem do Sistema OCB, alcançou o número de 100 cursos à distância (EAD) ofertados nesta segunda-feira (3). Criada em 2020, a iniciativa vem se consolidando como a principal plataforma de ensino à distância do coop brasileiro, com mais de 32 mil alunos cadastrados desde seu lançamento.
Claudia Moreno, analista do Sistema OCB, atribui a alta adesão ao conteúdo robusto e ao design moderno e intuitivo, além da facilidade de acesso que pode ser realizado pelo computador, tablet ou celular. “Os recursos educacionais da CapacitaCoop materializam o 5º princípio do cooperativismo, que foca na educação, formação e informação de seus cooperados, ao promover a participação ativa do aluno em seu processo de aprendizagem”, diz.
Os diversificados cursos de gestão, finanças e tributação, comunicação, legislação, entre outros, representam mais uma conquista do coop brasileiro. A plataforma é um convite para cooperados, cidadãos comuns e alunos de países de língua portuguesa (Angola, Moçambique e Portugal) se capacitarem em diversos segmentos e receberem certificação.
Atualmente, quase 3 mil cooperativas utilizam a plataforma para ampliar os conhecimentos de seus cooperados e funcionários. Desde o lançamento, o índice de satisfação dos alunos é 9, em um total de 10.
A CapacitaCoop é gratuita e quem não é ligado à uma cooperativa também pode fazer os cursos, além das Trilhas de Aprendizagem que foram planejadas cuidadosamente para cada tipo de necessidade. A plataforma conta com diferenciais como vitrine de informações dos cursos e trilhas; biblioteca atualizada com materiais sobre o coop; integração com sistema de web conferência; aplicativo para acessar conteúdo dos cursos, mesmo que o aluno esteja off-line; suporte técnico gratuito, pelo número 0800 642 4025; cursos com tutores para tirar dúvidas; e gameficação, para que o aluno que avance em seus estudos acumule pontos e suba no ranking geral da CapacitaCoop.
Até o final desde ano, serão lançados novos cursos que versam sobre Ética para as Cooperativas; Fundamentos de Marketing, Acesso a Crédito; Excelência no Atendimento a Clientes; Produtividade; Liderança; Comunicação; ESG; Vendas e Soft Skills. Será disponibilizada também uma trilha de aprendizagem voltada para pesquisadores do cooperativismo.
Acesse e comece a aprender agora mesmo: https://www.capacita.coop.br/
As cooperativas e representantes do Sistema OCB participaram da 8ª edição do World Coop Management (WCM), evento direcionado aos gestores e dirigentes de cooperativas que buscam se atualizar sobre o que há de mais novo em conceitos e estratégias de mercado. A imersão em conteúdos de gestão sobre tendências e inovações aconteceu, nesta segunda e terça-feira (17 e 18), em Belo Horizonte (MG).
Na abertura, o presidente do Sistema OCB, Marcio Lopes de Freitas, falou sobre a presença da estratégia ESG (cuidado ambiental, responsabilidade social e governança) no cooperativismo; sobre o Desafio BRC R$ 1 Tri - que instiga as cooperativas a alcançarem, até 2027, R$ 1 trilhão em prosperidade e 30 milhões de cooperados no mesmo período; e sobre a adesão mais acentuada do selo SomosCoop como forma de promover o reconhecimento do cooperativismo no país.
“O WCM, que já virou tradição, é de extrema relevância para o cooperativismo. Com estes olhares podemos trilhar novos caminhos para melhorar a vida das pessoas e das comunidades onde estamos inseridos. A tendência do mercado mundial incorpora os princípios ESG, já enraizados no cooperativismo”, afirmou. E acrescentou:
“Sabemos também do nosso papel nas políticas de combate à fome e na segurança alimentar do mundo. Em outro ponto de vista, tudo o que o coop gera retorna em benefício do cooperado, das comunidades, dos estados, do país e do mundo. Por isso, vamos atingir a meta de R$ 1 trilhão de prosperidade, que será revertida em emprego, renda, negócios e oportunidades para todos. Ressalto que prosperidade é muito maior que desenvolvimento econômico e social, porque promove verdadeira mudança na vida de todos.”
A conferência contou também com a gerente de Desenvolvimento de Cooperativas, Débora Ingrisano que mediou um painel sobre ESG; da gerente de Marketing e Comunicação, Samara Araujo, sobre o movimento SomosCoop em produtos e serviços; e do analista de Inovação, Gustavo Farias, sobre programas de inovação, como o conexão com startups.
A organização do evento estima que mil cooperativas estiveram presentes durante todo o WCM, que contou ainda com dois eventos paralelos: o Cooptech, com iniciativas de inovação; e o CooperaRH, sobre gestão de pessoas.
Estande
O estande do SomosCoop no WCM foi uma parceria entre Sistema OCB e Sistema Ocemg. O espaço contava com jogo “Jornada Coop”, que apresenta ao usuário a situação da cooperativa em diversos programas do Sistema OCB para impulsionar os negócios, a exemplo do Programa de Desenvolvimento da Gestão das Cooperativas (PDGC); o Sou.Coop; e a plataforma e-commerce NegóciosCoop.
O Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (Mapa) publicou, nesta quinta-feira (6), a Portaria 469/22, que prioriza os tratores e máquinas agrícolas, produzidos a partir de 2016, na obtenção do Registro Nacional de Tratores e Máquinas Agrícolas (Renagro). De acordo com a pasta, a prioridade tem por finalidade evitar acúmulo de solicitações.
O documento gratuito terá validade em todo o território nacional sem cobrança de taxa de licenciamento anual, ou necessidade de emplacamento. As solicitações podem ser efetuadas por meio da Plataforma Nacional de Registro e Gestão de Tratores e Equipamentos Agrícolas (IdAgro).
Números - De acordo com o Mapa, das 1,6 milhões de unidades de tratores e máquinas que transitam em via pública, 85 mil já foram cadastradas, sendo 80% de tratores e 20% de colheitadeiras. O registro para os tratores fabricados depois do ano de 2016 é obrigatório para aqueles que trafegam em vias públicas.
As cooperativas que atuam com o microcrédito e que buscam inovar no mercado financeiro podem se inscrever no Desafio Microcrédito do Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES). Os projetos podem ser submetidos até o dia 20 de outubro e as três melhores propostas apresentarão suas soluções para a diretoria do Banco. A instituição oferecerá mentoria para detalhamento e aprofundamento das propostas, bem como criará oportunidades de negócios com redes parceiras.
O objetivo da iniciativa é contribuir para o aumento da escala do microcrédito produtivo. As propostas a serem inscritas podem sugerir políticas públicas, parcerias público-privadas e soluções de mercado que abordem problemas do microcrédito.
Os participantes deverão solucionar pelo menos um dos cinco desafios propostos, que são: atrair novos clientes para o microcrédito, fazê-lo chegar a regiões mais afastadas e aumentar o acesso por meio de plataformas; oferecer capacidade de gestão financeira, capacitação digital e profissionalização; aprimorar a análise de crédito, sem histórico bancário, reduzir custos para obtenção de dados para análise; desenvolver novas formas de atendimento para expandir o microcrédito, aumentar a capacidade e eficiência de atendimento dos agentes; e criar instrumentos financeiros inovadores e sustentáveis a longo prazo para apoiar o microcrédito e garantir a efetividade na aplicação dos recurso.
Segundo o edital, o julgamento das soluções será feito por uma comissão técnica e uma banca avaliadora. Os concorrentes deverão obter boa pontuação em três critérios: Viabilidade da Solução Proposta e Capacidade de Execução; Impacto da Solução Proposta; e Criatividade e Originalidade. Os selecionados terão até cinco minutos para apresentar a proposta para a banca e podem receber 15 minutos adicionais para perguntas e respostas.
De acordo com o cronograma, no dia 10 de novembro serão anunciadas as classificações e os finalistas. Já no dia 30 de novembro serão realizados as bancas de avaliação e o evento de encerramento.
As novas tendências do trabalho em rede, onde as pessoas estão cada vez mais inseridas, de forma horizontal, no centro da tomada de decisão dos negócios, são parte da essência do movimento cooperativista. Por meio do empreendedorismo e da autogestão, o modelo de negócios coop está alinhado aos anseios das novas gerações por uma economia colaborativa e compartilhada. E é sobre esse aspecto que o quarto eixo da publicação Propostas para um Brasil Mais Cooperativo, elaborado pelo Sistema OCB, apresenta sugestões para o desenvolvimento de projetos, ações e políticas públicas.
“Pensar em cooperativismo é refletir sobre novas formas de se trabalhar em rede, conectar pessoas que somam esforços e dividem resultados”, garante Márcio Lopes de Freitas, presidente do Sistema OCB. Ele sugere ao próximo governo a adoção de propostas de incentivo às cooperativas como opção viável e sustentável para que milhares de trabalhadores tenham melhores condições de inserirem seus produtos e serviços no mercado.
Neste sentido, espera-se do governo o reconhecimento do tratamento diferenciado, simplificado e favorecido para que cooperativas de pequeno porte possam ser, cada vez mais, ferramentas para a inserção de trabalhadores no mercado. Além disso, o Sistema OCB busca o reconhecimento da contribuição das cooperativas de trabalho como opção sustentável para milhares de trabalhadores brasileiros, a partir da devida regulamentação da Lei 12.690/2012, a Lei das Cooperativas de Trabalho.
Proteção Social e Empreendedorismo Coletivo
A publicação reforça que o cooperativismo é a melhor ferramenta para a inserção de trabalhadores no mercado. O potencial das cooperativas vai além de gerar emprego e renda, cria também oportunidades de organização e ganho de escala para profissionais autônomos. São sugeridas também a promoção de políticas públicas para inclusão financeira e produtiva de jovens, mulheres e negros no modelo de negócios cooperativista. “É do DNA do cooperativismo focar em seu trabalhador, em seu cooperado, sem discriminá-lo por seu gênero, classe, raça, ideologia ou religião”, afirma Márcio.
A estruturação de caminhoneiros autônomos em cooperativas é outra recomendação do Sistema OCB. Com uma política específica, os caminhoneiros poderão ter acesso a melhores condições de contrato, a insumos, ganho de renda e de escala em suas operações. Além disso, a publicação destaca a necessidade de se reconhecer o cooperativismo para a emancipação e inclusão produtiva de garimpeiros, catadores e outros categorias de empreendedores, que, sozinhos, possuem maior dificuldade para atuarem em suas ocupações.
Plataformas da economia colaborativa
O aperfeiçoamento de políticas para o modelo cooperativista permite incentivar e explorar as novas tendências globais de se trabalhar em rede e conectar pessoas e serviços. Seja em plataformas de compras coletivas, ou na oferta de serviços via aplicativos, a autogestão está presente no movimento. Para ampliar os programas já desenvolvidos pelo Sistema OCB, a publicação sugere a possibilidade de startups cooperativistas receberem incentivos de investidores anjo.
Os diferenciais das cooperativas de consumo estão na qualidade dos produtos e no preço justo, além da promoção de um comércio sustentável. Para isso, o movimento cooperativista defende o adequado tratamento tributário ao ato cooperativo, em tramitação na Câmara e no Senado em propostas que versam sobre a Reforma Tributária. O ato é a base para assegurar maior competitividade e justiça tributária para elas.
Em um mundo com grandes transformações tecnológicas e cada vez mais conectado, o cooperativismo possui um imenso potencial para organizar pessoas em plataformas e aplicativos, valorizando o seu trabalho e evitando que os resultados destas atividades sejam deslocados para poucos, em grandes centros urbanos, muitas vezes, em outros países. É a economia de propósito, em prol do desenvolvimento local e da atuação pela comunidade.
Duas Cooperativas do Sistema OCB foram selecionadas no 2º edital do Programa Agro 4.0, que objetiva disseminar práticas de adoção e difusão de tecnologias para o agronegócio. O programa é uma promoção da Agência Brasileira de Desenvolvimento Industrial (ABDI) e do Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (Mapa). Nesta segunda-feira (12), foram divulgadas as oito iniciativas que receberão fatia de um total de R$ 1,65 milhão para colocar em prática ações de inovação no agro.
O coordenador de Meio Ambiente e Energia do Sistema OCB, Marco Morato, parabenizou as instituições pela promoção do edital e as cooperativas contempladas. Segundo ele, são exemplos assim que prometem dar capilaridade às tecnologias do Agro 4.0 para pequenos e médios produtores vinculados às coops do agro.
“Essa é uma iniciativa muito bem-vinda por nós, ainda mais quando se reconhece a capacidade de nossas cooperativas. Esses recursos são importantes e vão ajudar a evidenciar, ainda mais, as boas práticas do cooperativismo. Acredito que as selecionadas serão exemplo para que outras coops participem dos editais e busquem soluções que deem eficiência, sustentabilidade, inovação e acesso as tecnologias do chamado Agro 4”, afirmou.
Morato lembrou que no edital anterior também foram registradas a participação de duas cooperativas. “O programa vem, de fato, auxiliar na execução desses projetos de digitalização, automação, controles remotos e de eficiência produtiva voltada para a sustentabilidade e condução dessas tecnologias do Agro 4.0”, complementou.
Projetos
Os projetos-pilotos das contempladas, Coopavel Cooperativa Agroindustrial (PR) e Cooperativa Potiguar de Apicultura e Desenvolvimento Rural e Sustentável (Coopapi) estão atribuídos a ambientes de inovação com uso de tecnologias de sensoriamento remoto, internet das coisas e inteligência artificial.
A Coopavel vai implementar um dispositivo de gestão e controle de produção para a avicultura 4.0. O aplicativo fornecerá informações sobre a qualidade do ambiente, consumo de ração, peso das aves e índices zootécnicos da produção. A avicultura 4.0 contará com soluções da chamada Internet das Coisas (IoT) congregada a softwares de gestão para a coop monitorar, em tempo real, o bem-estar das aves e a produtividade de cada uma. Além de auxiliar o produtor no manejo e na tomada de decisão, também contribuirá para que a equipe técnica da agroindústria possa desempenhar um trabalho mais eficiente no controle sanitário, reduzindo perdas e obtendo melhores resultados.
A Coopapi, por sua vez, implementará um sistema automatizado para o setor de frutas, que fará o controle da classificação da colheita até a qualidade do produto final, que será distribuído no Rio Grande do Norte e também na Paraíba. A automação será voltada ao processo de produção de polpas de frutas. A proposta é uma ferramenta que permite a classificação das frutas quanto ao tamanho, grau de maturidade e presença de imperfeições. Com a iniciativa, a coop quer garantir frutas sãs, limpas, isentas de matéria terrosa, parasitas e detritos de animais ou vegetais. O projeto pretende desenvolver também um sistema atrelado à Internet das Coisas para monitorar parâmetros físico-químicos da água utilizada no processo de produção como: pH, condutividade, salinidade e teor de sólidos dissolvidos.
ABDI e Mapa
O gerente da ABDI, Bruno Jorge, disse que, no primeiro edital, as iniciativas contribuíram para redução de 70% do uso de herbicidas nas lavouras e de 25% dos gases poluentes na pecuária. Para ele, as expectativas para este segundo edital são as melhores, tendo em vista que o programa abrange todo o setor produtivo.
A diretora do Mapa, Sibelle Silva, destacou que a primeira edição demonstrou, na prática, a sinergia dos aspectos de sustentabilidade, segurança alimentar e agricultura digital, além do potencial de todos os ecossistemas de inovação no agro de Norte a Sul do país.
Das oito propostas selecionadas, duas estão atreladas ao Ambientes de Inovação da região Sul, um do Sudeste, três do Centro-Oeste e dois do Nordeste. Os projetos desenvolvidos contarão com uso de tecnologias habilitadoras do Agro 4.0, como sensoriamento remoto (38%), visão computacional (25%), Internet das Coisas (13%), inteligência artificial (13%) e analytics (13%).
Primeiro Edital
Na primeira edição do Programa Agro 4.0, em 2020, a Cooperativa Agropecuária Industrial (Cotrijal) e a Cooperativa Agroindustrial Lar (LAR) foram as selecionadas. A Cotrijal integrou projeto que implementou um aplicativo para quantificar o nível tecnológico e o grau de informação dos produtores rurais em uma escala nacional, ao mesmo tempo em que indicou caminhos sólidos para adoção de tecnologias 4.0, respeitando a curva de aprendizagem e aumentando a eficiência dessas tecnologias.
Já a LAR, desenvolveu o projeto AvioT: Avicultura Conectada, Inteligente e Otimizada. O projeto implantou solução para monitoramento constante da produção e aplicação de técnicas de inteligência artificial e aprendizagem de máquinas para obter melhores parâmetros para produção de aves de corte.
A 2ª edição do Programa Conexão com Startups, do Sistema OCB, realizou a apresentação de três soluções de desafios de cooperativas, nesta terça-feira (6). O evento ocorreu de forma virtual e é uma parceria entre o Sistema OCB e o Silo Hub (Hub de inovação originado da parceria entre a Embrapa e a Neo Ventures). As cooperativas Cemil (MG), Coplana (SP) e Santa Clara (RS) foram selecionadas nesta segunda edição do programa, que é voltado para inovações no Ramo Agro.
Na abertura do encontro, a gerente geral do Sistema OCB, Fabíola Nader Motta, pontuou os avanços que a iniciativa proporciona para o cooperativismo como um todo e lembrou do Desafio BRC 1 Tri, lançado na Semana de Competitividade 2022, pelo presidente Márcio Lopes de Freitas. “É uma alegria ajudar a construir um agro cada vez mais inovador. Temos milhares de coops que fazem a diferença na produção brasileira. O cooperativismo quer ser sinônimo de inovação e, por isso, temos no nosso site InovaCoop uma série de conteúdos para estimular essa prática”.
Fabíola também destacou a importância dessa segunda edição do programa. “Esta edição voltada ao agro é para viabilizar desenvolvimento, aumentar a eficiência e reduzir custos. O Conexão com Startups é mais um programa que vem ao encontro do desafio de gerar R$ 1 trilhão em prosperidade e congregar 30 milhões de cooperados, em cinco anos. A inovação certamente vai nos ajudar a chegar lá”.
Coplana: A paulista Coplana lançou o desafio de estimar e prever a colheita de amendoim. O diretor comercial da startup Deadalus, Leonardo Moreno, apresentou a proposta para alcançar esse objetivo. “Nosso desafio era estimar de forma padronizada a produção e a colheita de amendoim da Coplana. Como solução, elaboramos um aplicativo capaz de calcular essa estimativa por meio de processamento de imagem. Conversamos com a equipe da Coplana para saber qual tipo de dado é coletado rotineiramente para direcionarmos a criação do app. Agora, o agrônomo registra dados no aplicativo, que é enviado para um servidor na nuvem”, disse Moreno.
Segundo explicado pelo diretor, o próprio aplicativo identifica a imagem coletada pelo produtor e faz a contagem automática de amendoins detectando quantas das vagens estão presentes na imagem. Então, há estimativa de sacas por hectares, por produção e perdas também. O desafio foi solucionado pela facilitação de coleta de dados e padronização dos processos envolvendo a produção do amendoim.
Eduardo Rodriguez, gerente de tecnologia e inovação da Coplana considerou que “os resultados são promissores. A solução superou nossas expectativas e fizemos mais do que foi desenhado. Estamos entusiasmados e queremos pôr em prática para valer”, comemorou.
Os próximos passos são a implementação da inteligência artificial e a coleta de mais dados para refinar modelos e adicionar campos de registro, além de treinamento de novos agrônomos para utilizarem o app.
Santa Clara: O desafio apresentado pela cooperativa gaúcha Santa Clara foi o desenvolvimento de uma cortadora de queijo para fracionar os produtos em pesos e formas variadas, evitando prejuízos e para adequar as porções aos padrões do Instituto Nacional de Metrologia, Qualidade e Tecnologia (InMetro). A startup Eixo Consultoria de dispões a elaborar uma máquina de corte com recursos de inteligência artificial que se encontra em fase de construção.
A diretora de projetos da Eixo, Rebeca Couto, explicou que a máquina vai fazer o corte preciso do queijo com auxílio de uma lâmina ultrassônica adequada as normas regulatórias vigentes. “O descarte relatado pela cooperativa e o desperdício de material são consideráveis. A máquina projetada conta com balança industrial e corta o queijo redondo ou quadrado a partir de leitura pelo sistema de automação com o auxílio de softwares que mensuram o volume e a altura, mesmo com as deformidades das peças. Estamos finalizando para colocarmos em testes e trazer os resultados de corte com maior velocidade, redução de desperdícios e automatização de processos repetitivos”, explicou Rebeca.
O supervisor de engenharia de processos da Santa Clara, Cleiton Nunes, declarou que está com fortes expectativas em relação aos resultados. “Esse fator inovação precisa estar dentro das instituições. O consumidor muda seus hábitos e a indústria precisa atender essas demandas. Nosso desafio é complexo, porque o produto tem inúmeras características, o que justifica os atrasos, mas é algo muito inovador. Estamos com enorme expectativa para vê-lo agindo e melhorando nossa competitividade”.
Cemil: a coop mineira precisava prever os preços de leite longa vida (UHT) desde o início da produção até a chegada ao varejo para ter mais competitividade. A startup UPTech aceitou o desafio. O diretor da startup, Gustavo Lenzi, explicou que, para a oscilação constante de preços, a assertividade na precificação e embasamento para a tomada de decisão, a solução proposta é um sistema integrado para precificação que também utiliza inteligência artificial.
“Trabalhamos em conjunto com a Cemil para levantar dados, estruturá-los e filtrar o que pode ser utilizado. Propomos o desenvolvimento de modelos matemáticos e métodos de inteligência artificial, a construção de relatórios e a validação do modelo junto a Cemil. Já geramos até aqui 10 relatórios, mas como queremos um modelo mais robusto estendemos para 15 a fim de consolidar os números”, explicou Lenzi.
Ainda segundo o diretor, com o número maior de variáveis foi possível prever um milhão de situações e resultados o que os levou a trabalhar com um valor médio. “Com todo esse processo garantimos 95% de assertividade e precisão. Este modelo matemático não é restrito ao leite, podemos aplicá-lo em outras commodities como café e soja”.
Além do preço determinado, a startup gerou médias de confiança, criando outros cenários baseados em econometria. O diretor de marketing da Cemil, Warlei Tana, agradeceu o empenho e declarou que a UPTech continuará com a Cemil nesta parceria. “Com os resultados conseguimos alcançar uma média e agora temos um modelo. Vamos maturá-lo muito mais a medida de em que a inteligência artificial for aprendendo. O modelo de leite é complexo e estamos em um ano atípico. Mesmo assim o software acompanhou cada dado”, ressaltou.
Neste ano, o cooperativismo de crédito completa 120 anos de atuação e o Sistema OCB vem contribuindo expressivamente para o fortalecimento do seu modelo de negócios. Durante o 14º Congresso Brasileiro do Cooperativismo de Crédito (Concred), realizado entre os dias 10 e 12 de agosto, em Recife (PE), representantes da instituição palestraram sobre diferentes temas como os desafios jurídicos das coops financeiras, o fortalecimento da imagem do cooperativismo e a educação rumo à sociedade 5.0. O evento foi promovido pela Confederação Brasileira das Cooperativas de Crédito (Confebras), que completa 35 anos de atuação em 2022.
A superintendente Tânia Zanella mediou o painel Diversidade no Cooperativismo, que contou com a presença da head de Diversidade, Equidade e Inclusão na ThoughtWorks (consultoria global de tecnologia), Grazi Mendes; e da cofundadora da TransEmpregos, Maitê Schneider. Tânia instigou as palestrantes a falarem sobre os processos necessários para garantir diversidade e inclusão alinhadas à pauta Social, Ambiental e Governança (ESG).
Segundo explicou Tânia, a diversidade é o conjunto de características que nos tornam únicos. Já a inclusão, diz respeito às medidas práticas que transformam a cultura de uma organização. “Como diz a vice-presidente de inclusão da Netflix: diversidade é ser convidado para a festa, inclusão é ser tirado para dançar. Em um ambiente inclusivo as pessoas são esperadas e respeitadas. Um exemplo é uma mulher assumir um cargo executivo e no andar em que trabalha ter apenas banheiros masculinos. Neste contexto, uma mulher não era esperada, então não há inclusão”.
A superintendente trouxe dados do AnuárioCoop 2022, que apontam que, embora o gênero represente 43% do Ramo Crédito, somando todos os segmentos, as mulheres ocupam apenas 20% dos cargos de chefia. Ela explicou as medidas que o Sistema OCB vem tomando para aumentar os percentuais de diversidade e inclusão, como por exemplo, os cursos oferecidos na plataforma de aprendizagem CapacitaCoop e o Dia C em que as cooperativas promovem ações em benefício da comunidade, entre outros.
“Estimulamos ações pautadas nos 17 Objetivos de Desenvolvimento Sustentável (ODS) das Organização das Nações Unidas, com destaque aos que versam sobre igualdade de gênero e redução das desigualdades. Temos comitês de jovens e mulheres e planos de ação para prepará-los para assumir cargos de liderança. Promovemos o Programa FIC [Felicidade Interna do Cooperativismo], que visa o respeito às diversidades com cultura e trabalho. Temos também o nosso Programa de Desenvolvimento da Gestão Cooperativa (PDGC), que vem avaliando e reconhecendo boas práticas de inclusão e diversidade nas cooperativas”, detalhou.
Ainda segundo Tânia, na Semana de Competitividade, evento promovido pelo Sistema OCB que acontecerá entre os dias 22 e 26 de agosto, também haverá palestra sobre o tema e um laboratório de como implementar um programa de diversidade nas cooperativas. “Temos muito caminho a percorrer ainda, mas já estamos avançando significativamente”, avaliou.
Avanços e desafios jurídicos
A gerente Jurídica e o consultor tributário do Sistema OCB, Ana Paula Andrade Ramos e João Caetano Muzzi, expuseram no painel: Avanços e Desafios Jurídicos para as Cooperativas Financeiras na Sociedade 5.0. A mediação do debate ficou a cargo da especialista em Cooperativismo, Ronise Figueiredo.
Ana Paula propôs reflexões e provocou debate sobre a viabilidade e apoio à presença de cooperados em assembleias; os desafios do coop na reforma tributária com a inclusão do adequado tratamento tributário ao Ato Cooperativo; a recuperação judicial de cooperativas; e os avanços que serão promovidos após a sanção do Projeto de Lei Complementar 27/20, que moderniza o Sistema Nacional de Crédito Cooperativo (SNCC), em especial, sobre a legislação e atualização de marcos legais.
“O cooperativismo, para além dos dados econômicos e financeiros, precisa medir, compilar e divulgar os ganhos sociais que produz aos cooperados e à localidade em que se insere. A possibilidade legislativa de uso do Fates [Fundo de Assistência Técnica Educacional e Social] para ações voltadas à comunidade, avanço incluso no PLP 27, tem muito a contribuir”, disse a gerente.
João Muzzi tratou da digitalização, admissão de cooperados, da manutenção da essência do cooperativismo, e do olhar para o cooperado e para a comunidade. “Na sociedade 5.0 há uma aproximação evidente dos agentes de mercado com o indivíduo financeiro, com soluções cada vez mais individualizadas. Um dos desafios do cooperativismo será encurtar ainda mais esse espaço, orientado por seus valores, revisitando-os em toda sua amplitude”, defendeu.
SomosCoop
A Feira de Negócios Cooperativista contou com um estande do SomosCoop, o movimento criado para explicar o cooperativismo para a sociedade. Os visitantes puderam avaliar as características da cooperativa, por meio de um game desenvolvido para o evento, e concorreram a prêmios.
A gerente de comunicação do Sistema OCB, Samara Araujo, proferiu a palestra SomosCoop: fortalecendo a imagem do cooperativismo. “O Ramo Crédito é vasto, congrega o maior número de cooperativas e está presente mesmo em cidades afastadas. Eventos como este reforçam o quão importante é o movimento cooperativista e os valores e princípios que ele representa. Os impactos positivos na nossa sociedade estão presentes em todos os ramos do coop, mas precisamos ‘fazer mais barulho’ sobre nossa atuação para aumentarmos nosso reconhecimento. Queremos ver mais pessoas escolhendo produtos e serviços coop e, sobretudo, que pratiquem e defendam este modelo de negócios tão próspero para todos”, destacou a gerente.
Educação e a Sociedade 5.0
O coordenador de Desenvolvimento Social de Cooperativas, Guilherme Costa, abordou o tema Educação Rumo à Sociedade 5.0. De acordo com ele, a Sociedade 5.0 tem como foco as necessidades humanas, ambientais, o bem-estar da sociedade e sua comunidade. Envolve também, o desenvolvimento tecnológico, automação, inteligência artificial, e outros.
Estas questões, segundo Guilherme, corroboram com a economia colaborativa, que está presente no modelo de negócios cooperativista desde sua criação, há dois séculos. “Sabemos que são muitos os desafios para as próximas décadas, entre eles, a formação profissional atrelada à velocidade das novas demandas”, ressaltou.
Ele considera que, dentro desse recorte, o Serviço Nacional de Aprendizagem do Cooperativismo (Sescoop) assume seu compromisso com a formação profissional voltada para as cooperativas brasileiras e vem se consolidando como referência nacional para o desenvolvimento de produtos educacionais para as cooperativas, na modalidade à distância.
“Na mesma linha, a CapacitaCoop vem se consagrando como a plataforma de ensino à distância. Quando foi lançada, em 2020, contava com seis curso e hoje já são 90 títulos, biblioteca, publicações de interesse das coops e dos cooperados. Todo o aprendizado conta com legendas, Língua Brasileira de Sinais (Libras) e recursos próprios de acessibilidade. Agora, em 2022, já temos quase 30 mil usuários, milhares de matrículas e quase 20 mil alunos já concluíram algum curso da plataforma”, enalteceu o coordenador.
A plataforma de aprendizagem EaD desenvolvida pelo Sistema OCB, a CapacitaCoop, está de cara nova. A partir de hoje (25), os usuários contam com ferramentas otimizadas e recursos diferenciados, além da nova interface, novos cursos e novas trilhas de aprendizagem que forão disponibilizadas.
A CapacitaCoop foi criada em abril de 2020, e agora, em 2022, contará com mais de 80 cursos on-line para atender seus mais de 28 mil alunos. A plataforma, que é utilizada por mais de 2 mil cooperativas para ampliar os conhecimentos de seus cooperados e funcionários, já emitiu mais de 17 mil certificados.
Diferenciais
A nova CapacitaCoop está mais rápida, mais intuitiva e com design mais moderno para melhor atender as necessidades das cooperativas e da comunidade interessada no mundo do cooperativismo. Agora, a página inicial da plataforma conta com uma vitrine com informações dos cursos e trilhas de aprendizagem, além de uma biblioteca atualizada com materiais sobre o cooperativismo.
A pesquisa por curso ficou mais fácil. Além da filtragem por temática, o aluno poderá personalizar sua busca com base na categoria do curso. Se o aluno tiver interesse por cursos de curta duração, por exemplo, é só selecionar essa categoria.
Para cursos e atividades síncronas (ao vivo), a plataforma está integrada com o sistema de webconferência, Zoom. O aluno também poderá acessar a Capacitacoop por meio da versão mobile, podendo, inclusive, verificar os conteúdos do curso mesmo estando off line, ou seja, desconectado da internet.
Outra novidade é o Tira dúvidas. Caso o aluno tenha alguma pergunta sobre o conteúdo, poderá contar com os tutores da plataforma, referências no tema e que estarão à disposição, para respondê-las.
Na nova plataforma, o aluno ainda poderá acompanhar suas matrículas por meio de um Dashboard (painel). Neste espaço, ele acessará seus certificados, dará continuidade aos seus estudos, visualizará seu progresso e poderá atualizar seu cadastro, além de consultar as perguntas de suporte técnico mais frequentes (FAQ). Além disso, agora a Capacitacoop é gamificada, o que significa que quanto mais cursos o aluno realizar, mais pontos ele irá acumular e subir no ranking geral da plataforma.
Outro diferencial é que o aluno terá à sua disposição um telefone gratuito (0800 642 4025) para solicitar suporte técnico, além dos tradicionais serviços de chat e e-mail. O suporte poderá ser solicitado nos períodos de segunda a sexta-feira, das 8h às 23h e sábado, das 8h às 18h (horário de Brasília), exceto feriados nacionais.
Como começar?
Para alunos antigos: Caso seja usuário da antiga versão da plataforma, o aluno deverá seguir o fluxo “Já sou aluno”. Em seguida deverá clicar em "Entrar” e depois em “Esqueci minha senha”. Após inserir o seu CPF (informado no cadastro da antiga plataforma) e clicar em "OK", o aluno receberá um e-mail com instruções para registrar a nova senha. Caso não tenha recebido o e-mail, o aluno poderá entrar em contato com o suporte pelo telefone 0800 642 4025.
Para novos alunos: Caso seja um usuário novo, os passos são um pouco diferentes. O aluno deverá seguir o fluxo “Quero me cadastrar”. Em seguida, deverá clicar em "Criar conta" e preencher os dados solicitados. Aqui vale lembrar que a CapacitaCoop não é restrita a cooperativistas! Isso quer dizer que o aluno poderá acessar a plataforma mesmo que não faça parte de nenhuma cooperativa. Para isso, na hora de realizar o seu cadastro, basta marcar a opção “Sem vínculo com o cooperativismo”.
Novos cursos
O Núcleo de Inteligência e Inovação do Sistema OCB selecionou sete novos cursos com foco em promover a cultura da inovação por meio de ferramentas e metodologias e, também, oportunizar o conhecimento necessário para o desenvolvimento de produtos e serviços para aumentar o acesso a mercados.
- Networking: ensina a construir uma rede de apoio com legitimidade de interesses para buscar novas oportunidades no mercado, formatar seu negócio ou novas parcerias em geral, com conexões genuínas, duradouras e recíprocas.
- Ideação: oferta conhecimentos sobre processos e ferramentas criativas para fomentar a geração de ideias. O chamado Design Thinking ensina que soluções inovadoras não surgem do nada e, por isso, a CapacitaCoop elaborou um conjunto de ferramentas para o aluno aprender a gerar ideias, aperfeiçoá-las e implementá-las no mercado.
- Customer Support: visa melhorar a relação com o público-alvo. O trato com o cliente, a resolução de problemas, a melhora na relação das expectativas e entender o que precisa ser aprimorado são alguns dos conteúdos oferecidos neste curso.
- OKR: ensina este método transparente e produtivo para atingir objetivos audaciosos. A aprendizagem mostra desde como o conceito surgiu, comparando com outras métricas tradicionais, até como aplicar o OKR em seu dia a dia para a tomada de decisões mais assertivas.
- Prototipagem: ensina a construir e testar protótipos. É possível aprender como dar vida a modelos iniciais de produtos ou serviços e a viabilizar a construção de soluções de forma inovadora com baixo custo e agilidade. O conteúdo habilita o usuário a uma das etapas do Design Thinking.
- Design de Serviços: durante as aulas, o aluno conhece conceitos e práticas para tornar o seu serviço uma experiência incrível para todos os envolvidos, a criar experiências WOW (superar expectativas) e jornadas que fazem sentido.
- Teste: possibilita ao aluno entender esta etapa dos processos de negócios e escolher o tipo de teste mais adequado para apontar se, de fato, o problema do usuário será resolvido com a solução proposta. . O conteúdo habilita o usuário a uma das etapas do Design Thinking.
Novas Trilhas
- Contabilidade e Tributação para Contadores: conheça as particularidades da contabilidade e da tributação das sociedades cooperativas.
- Contabilidade e Tributação para Dirigentes: conheça os principais aspectos financeiros, contábeis e tributários das sociedades cooperativas que impactam o processo de tomada de decisão.
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O impulso da pecuária e do café no cenário econômico e social do Brasil foi tema de debate na terceira etapa do Seminário de Inovação e Sustentabilidade no Cooperativismo. O evento, que é uma parceria entre o Sistema OCB e o Canal Rural, foi realizado nessa quarta-feira (3), em Belo Horizonte, na sede do Sistema Ocemg.
Na abertura, a superintendente do Sistema OCB, Tânia Zanella, destacou a importância desta série de seminários para fomentar as práticas sustentáveis no agronegócio. “Temos responsabilidade política e institucional de representar quase 5 mil cooperativas em todo o país. É nosso compromisso apresentar as características sociais, econômicas e ambientais do nosso modelo de negócios, visando as necessidades da geração presente e também as necessidades e expectativas das gerações futuras”, declarou.
O presidente da Ocemg, Ronaldo Scucato, lembrou que Minas Gerais é o berço da OCB e salientou a relevância do encontro para a inovação e sustentabilidade do agronegócio, que é o setor que sustenta a balança comercial nacional.
"Temos aqui 197 cooperativas do agro, congregando 76 mil cooperados e mais de 20 mil empregos diretos. Nosso faturamento de R$ 93 bilhões responde por 12% do produto interno bruto do estado. E vemos exemplos de cooperativas que atuam com clareza e eficiência na questão da inovação, da criatividade e da sustentabilidade como é o caso da Coxupé, a maior cooperativa exportadora de café do mundo, da Cooperativa Central dos Produtores Rurais (CCPR) e da Coopatos, referência em laticínios", afirmou.
O superintendente de Inovação da Secretaria de Agricultura, Pecuária e Abastecimento de Minas Gerais, Feliciano Nogueira, parabenizou a iniciativa. "Estou muito feliz em participar desta etapa e acredito que o fechamento em Brasília será o coroamento de todo esse esforço de parceria. Desejo que nossas cooperativas estejam cada dia mais empenhadas no sucesso dessa face humana da economia. Desejo ainda que consigamos continuar a multiplicar talentos dentro do movimento".
As duas primeiras etapas do seminário foram realizadas no Paraná e no Amazonas, a quarta etapa acontece no Distrito Federal, no próximo dia 24 de agosto. Confira o evento completo com as apresentações das cooperativas Coxupé, CCPR e Coopatos.
O Sistema OCB participou de audiência pública, nesta terça-feira (12), que debateu a conectividade e a inovação no campo. O evento foi promovido pela Comissão de Agricultura, Pecuária e Abastecimento e Desenvolvimento Rural (Capadr), da Câmara dos Deputados. O representante do Conselho Consultivo do Ramo Infraestrutura do Sistema OCB, Luis Fernando Volpato, destacou em sua fala as propostas legislativas que podem alavancar o setor e apresentou um case de cooperativa que firmou parceria para ofertar serviços de acesso à internet.
“A falta de conexão impede que produtores consigam emitir desde uma simples nota fiscal eletrônica, passando por dificuldades no contato familiar, no acesso à informação e, por fim, sendo um obstáculo para que a agropecuária brasileira, que está pautada cada vez mais na produtividade, competitividade e sustentabilidade, avance”, considerou Volpato.
Segundo ele, as premissas do Sistema OCB estão voltadas para a universalização dos serviços, para cobrir as mais diversas regiões do país, e para a acessibilidade, a fim de garantir que tanto o pequeno quanto o grande produtor possam ser beneficiados. “As condições ideais para que isso aconteça exigem ações integradas e diferentes modelos de atuação. Precisamos de financiamentos com prazos mais longos e custo mais acessível. A desburocratização também se faz necessária e os processos precisam de mais agilidade e flexibilidade”.
Sobre a utilização do Fundo de Universalização dos Serviços de Telecomunicações (Fust), Volpato explicitou que o Sistema OCB fez forte mobilização em defesa da atual Lei (14.109/20), que viabilizou a utilização dos recursos para iniciativas voltadas à internet no campo. “Nós compomos o Conselho Gestor do Fust, juntamente com a CNA, e estamos trabalhando nas diretrizes e prioridades que orientarão a aplicação dos recursos de acordo com as características regionais”, destacou.
Volpato também apresentou o case da parceria da Cooperativa de Energia/Geração e Desenvolvimento/Telecom Coprel com a Prefeitura de Marau (RS) e o Sindicato Rural. “A parceria levou 386,5 quilômetros de fibra óptica construída para atender 884 famílias da área rural do município. Esse projeto contempla a internet nas escolas e também a instalação de câmeras de segurança para a comunidade. O objetivo da cooperativa é chegar a 73 municípios. Com a aprovação do PL 1.303/22 (em tramitação na Comissão de Assuntos Econômicos do Senado) e incentivos do Fust, certamente será possível atender essa demanda de conectividade”.
Ainda sobre o a prestação de serviços de telecom por cooperativas (PL 1.303/22), Volpato cobrou mais celeridade na tramitação da proposta. Caso seja aprovada, ela seguirá para sanção presidencial, assim como o Projeto de Lei 149/19, que trata da agricultura de precisão, e também tramita em caráter terminativo na Comissão de Agricultura do Senado. “Essa proposta de agricultura de precisão também vai ampliar a eficiência na aplicação de recursos e insumos de forma a diminuir desperdícios, reduzir custos e aumentar a produtividade”, complementou.
Bioeconomia
A diretora da Secretaria de Inovação, Desenvolvimento Sustentável e Irrigação do Ministério da Agricultura (Mapa), Sibelle Silva, apontou em sua exposição que “para desenvolver novos alimentos precisamos de ferramentas da cultura digital”. Segundo ela, a carência de insumos também alavanca os problemas da segurança alimentar e que o Brasil tem potencial para se destacar na bioeconomia e na produção de bioinsumos.
“Em muito temos avançado na questão da sustentabilidade, quando tratamos de metrificar a questão do carbono na agricultura. Vamos precisar cada vez mais de sensores para medir esses avanços. O pequeno produtor também precisará. Isso vai trazer maior valor agregado ao produto”, considerou.
Segundo Sibelle, dados do Ministério sobre agricultura digital e conectividade rural indicam que “94% dos produtores já possuem smartphones para fazer negócios via WhatsApp. “Porém, muitas vezes eles precisam se deslocar para um ponto específico da fazenda. Então a ferramenta base eles têm, mas não os meios para acessar melhor”.
O diretor de Política Setorial da Secretária de Telecomunicações do Ministério das Comunicações (MCom), Wilson Wellisch Diniz, apresentou estudo do órgão em parceria com o Ministério da Agricultura, que dois cenários para a conectividade do agro. “No primeiro, há incremento de R$ 47,5 bilhões nas estruturas existentes, aumentando em 48% a produção; No segundo, o incremento seria de R$ 101,4 bilhões para criação de novas estruturas de torres, o que aumentaria em 90% a produção”, exemplificou.
Ele também apresentou estudo de 2018, do Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES) sobre a internet das coisas. “Neste estudo, o Agro é o que apresenta maior capacidade de desenvolvimento diante do cenário de conectividade. O impacto, em 2025, seria de 5 bilhões de dólares, em caso de não investimento, e de 21 bilhões de dólares com a elaboração de políticas e planos de ação”, pontuou.
Segundo Diniz, já há no Ministério das Comunicações elaboração de políticas sobre o tema como o Edital 5G, que alcançou R$ 47,2 bilhões no leilão e R$ 42,4 deles são para obrigações de conectividade. O recurso, de acordo com ele, permitirá levar a tecnologia 5G para 1,7 mil localidades rurais (vilas, povoados, lugarejos e assentamentos); a 4G em 35 mil quilômetros de rodovias federais e redes de fibra óptica em 530 sedes municipais.
Região Norte
O Programa WIFI Brasil, também do órgão, oferta internet aos rincões do país com a instalação de mais de 18 mil pontos (antenas). “É uma das principais políticas públicas do Ministério, pois leva conectividade para onde ela não chega normalmente. Neste sentido, temos ainda o Programa Norte Conectado, em que a fibra óptica passa por baixo do rio e leva internet ao a essa região do país”, destacou.
Já o coordenador de Inovação do Serviço Nacional de Aprendizagem Rural (Senar), da Confederação Nacional da Agricultura (CNA), Matheus Ferreira Pinto, por sua vez, demonstrou preocupação com a conectividade na região Norte. “No Norte, 84% das pessoas que vivem no campo não estão conectadas. Isso representa 7 países da Europa, ou 195,7 milhões de hectares. Há a necessidade de investimentos setorizados e atrelados a capacidade de comprometimento do produtor em contratar esses serviços”.
Também participaram da audiência o presidente da Agência Nacional de Assistência Técnica e Extensão Rural (Anater), José Ferreira da Costa Neto; a gerente de Relações Institucionais e de Comunicação da Conexis Brasil Digital (SindiTelebrasil), Daniela Martins; e o vice-presidente de Inovação da empresa Datora Telecom, Daniel Fuchs.
O Núcleo de Inteligência e Inovação e a Gerência de Planejamento do Sistema OCB idealizaram o curso Capacitação em Inovação em Projetos, voltado para as unidades estaduais. O objetivo é ensinar, na teoria e na prática, metodologias de aprendizagem disruptivas, criativas e inovadoras quando se trata da elaboração de projetos institucionais. O curso foi aberto para 30 colaboradores com encontros nos meses de junho e julho, de forma online.
Nesta quarta-feira (15), o grupo tratou do tema Problem Solving (resolvendo problemas), para ensinar de forma prática e com algoritmos como resolver um problema real, sem desperdiçar tempo e energia com o desnecessário. Esse módulo é ideal para o desenvolvimento de lideranças, de produtos e serviços, de inovação e orientação com melhoria contínua. Os benefícios estão em dar um novo olhar aos entraves, resolver problemas complexos e despertar o pensamento crítico.
A trainee de Inovação do Sistema OCB, Hellen Beck, destaca que o curso é essencial para reverberar metodologias inovadoras no cooperativismo em todos os estados. “Investir em inovação é, sem dúvida, o melhor caminho para alinhar a estratégia sistêmica com o mercado atual, gerar melhores resultados e, consequentemente, promover seu crescimento. A expectativa é que esses encontros, além de estimularem a cultura da inovação, sejam catalisadores de criatividade e interação, tornando os colaboradores mais produtivos, engajados e capazes de desenvolverem projetos inovadores”, pontua.
Três outros módulos já foram lecionados: Fator UAU, que oferece insights para despertar a criatividade; Mindset Digital, com foco no despertar para a urgência no atual mundo Bani (reflete a realidade das sociedades após a pandemia da Covid-19) e criar uma comunicação assertiva; e Fora de Série, que demonstra técnicas para se tornar um colaborador fora da curva, com diferenciais.
Nos próximos encontros serão abordados os seguintes temas:
- 22/06 - Ideação, com foco em ferramentas para ajudar a pensar diferente;
- 29/06 - Gestão de Projetos Ágeis, a partir da metodologia Scrum (projetos ágeis);
- 06/07 - Prototipação, com foco no lançamento de novos produtos;
- 13/07 - Pitch Stop, sobre como vender uma ideia;
- 19 e 20/07 - Mentoria, com foco em consultoria da Fábrica de Criatividade a respeito do projeto criado pelo grupo; e
- 27/07 - Foca Tank, com a apresentação final de cada grupo utilizando métodos compartilhados na trilha de Pitch Stop.
O Serviço Nacional de Aprendizagem do Cooperativismo (Sescoop) do Espírito Santo promoveu o Webinar: Cenários Econômicos 2022, nesta quinta-feira (9). O evento, que refletiu e debateu as tendências e cenários econômicos para as cooperativas, contou com palestras da gerente geral do Sistema OCB, Fabíola Nader Motta, e do jornalista e comentarista econômico da CNN Brasil, Fernando Nakagawa, que também é diretor da CNN Brasil Business.
Fabíola falou sobre o entendimento do Sistema OCB a respeito do olhar do consumidor contemporâneo e apresentou as plataformas e ações que a organização vem adotando para fortalecer o movimento como influenciador e impulsionador da economia. “O consumidor contemporâneo busca mais que a posse por si só. Ele busca por valores humanos nos produtos e serviços prestados. É adepto da economia colaborativa, quer ter acesso à história do prestador e tem voz ativa, sobretudo, nas redes sociais para elogiar e criticar a qualquer momento”, afirmou.
Segundo a gerente, estes e outros fatores integram o movimento cooperativista desde sua origem. “Somos um modelo de relações justas, com propósitos e responsabilidade ambiental e social. A sociedade pede essa economia mais solidária e embora o mundo esteja cada vez mais complexo e em constante mudança, nós, cooperativistas, vamos nos manter relevantes porque nosso modelo está alinhado a essas mudanças”.
Fabíola também pontuou os novos cenários e necessidades vivenciados pelas cooperativas, independentemente de seus ramos. “As de crédito, por exemplo, aderiram as fintechs; open banking e meios alternativos de pagamento. As de saúde instituíram, entre outras medidas, a telemedicina. As do agro, por sua vez, implementaram em seus processos produtivos as agrotechs, a descarbonização e a logística reversa. Sem dúvidas, são novas oportunidades trazidas com inovações”, acrescentou.
As plataformas desenvolvidas pelo Sistema OCB para auxiliar as cooperativas foi outro ponto detalhado. “Os serviços e materiais do ConexãoCoop estão voltados para a inteligência de mercado, ampliação de negócios com estudos, análises e cursos. A NegóciosCoop, lançada em 2021, já conta com mais de mil anúncios, conectando cooperativas de todo o país na realização de negócios. O CapacitaCoop oferta mais de 60 cursos em gestão, governança, contabilidade, inovação e tributação. No InovaCoop, as tendências e conteúdos sobre inovação auxiliam os cooperados com guias para inovar na crise, e-books, ferramentas e quase 90 cases de sucesso”, afirmou Fabíola.
Em sua palestra, Nakagawa expôs dados sobre o cenário econômico brasileiro e afirmou que as expectativas para o segundo semestre estão balizadas três diferentes pontos: a guerra entre Rússia e Ucrânia (preços das commodities), a inflação, e as eleições gerais. De acordo com ele, os impactos da guerra, sejam por conta das sanções econômicas contra a Rússia, a desconexão financeira do país ou a expectativa de inflação, geraram problemas no Brasil e no mundo. “Apenas a previsão para a falta de produtos não se concretizou”, disse o jornalista.
“Esta guerra afeta diretamente nossa política fiscal no que diz respeito aos preços das commodities. Em março, o preço do petróleo tinha caído e a gasolina continuava a subir. Os Estados Unidos baniram o petróleo russo e o efeito disso respingou no preço do barril para o mundo todo. Por consequência, o preço da gasolina, do diesel e do botijão subiram consideravelmente”, acrescentou.
Sobre a inflação, Nakagawa afirmou que o índice deve chegar em 8,89% no ano, com crescimento de 1,20% do Produto Interno Bruto (PIB). “O que temos é mais inflação e mais crescimento, a história do copo meio cheio e meio vazio. A empregabilidade tem reagido melhor que o esperado, especialmente, no varejo e serviços. No entanto, embora haja mais empregos, as contratações são com salários menores”.
Nakagawa apontou que, para a economia, devem ser observadas as agendas reformistas dos candidatos. “Até agora nenhum citou nada sobre os planos. Acredito que o teto de gastos terá fim e teremos novas regras fiscais. É importante observar que, independentemente de quem vença, o Brasil continuará sendo potência e destaque em vários setores. Vocês (cooperativistas), como linha de frente, precisam se distanciar da briga política e buscar formas alternativas de ajudar cooperados e clientes. Desafiar velhos conceitos, ouvir e pensar de forma colaborativa e pensar e dar espaço para os jovens. Vocês são protagonistas”, afirmou.
Ao final da apresentação, Nakagawa apresentou o case da Alice, a startup de tecnologia de saúde que vai além da tele consulta (healthtechs). “Eles enviam para a casa do paciente relógios, sensores e outros instrumentos para fazer o diagnóstico em casa, por meio de conexão do aparelho com o celular do paciente. Aliar o uso da tecnologia e da inteligência artificial na medicina preventiva representa também uma revolução nos custos da saúde”, considerou.