Programa de Qualidade da C. Vale reduz custos de produção
Na categoria Qualidade e Produtividade, a C.Vale Cooperativa Agroindustrial levou o troféu que consagrou o projeto “Programa de Qualidade C.Vale”. O vice-presidente da cooperativa, Ademar Luiz Pedron (foto), ao receber o Prêmio, relacionou o sucesso do programa à própria vontade de fazer do cooperativismo a solução para os problemas do campo. “O cooperativismo é a verdadeira reforma agrária do País”, finalizou.
Com o objetivo de superar barreiras de acesso a mercados do Primeiro Mundo, a C.Vale resolveu apostar em um programa de qualidade envolvendo toda a cadeia produtiva. Um dos desafios era a implantação de procedimentos de controle para monitorar perigos químicos, físicos e biológicos que pudessem pôr em risco a segurança alimentar da carne de frango.
O programa de qualidade levou a cooperativa à redução dos custos de produção de frango, melhorando os indicadores de desempenho de avicultura. Com isso, conseguiu-se agregrar mais valor à carne de frango e, em virtude disso, ganhar condições para remunerar melhor os seus integrados. A evolução da remuneração exemplifica isso. Em 2002, um avicultor que alojasse, em média, 6,5 lotes de frango no período de um ano obteria cerca de R$ 26 mil. Já em 2007, o faturamento registrado foi de aproximadamente R$ 432 mil, representando um aumento de 87% na renda gerada pelo aviário.
As medidas implementadas geraram para a cooperativa quatro certificados de qualidade: ISSO 9001-2000 para o Abatedouro, HACCP para o Abatedouro. BRC para o Abatedouro e HACCP para toda a cadeia produtiva de aves, envolvendo fábrica de rações, matrizeiro, incubatório, fomento e aviários climatizados. A conquista dessas certificações levou a C.Vale a se ajustar a rigorosas normas de segurança alimentar, habilitando-se a exportar carne de frango para o Primeiro Mundo. Asa vendas de carne de frango, por exemplo, cresceram gradativamente após esse processo, registrando um aumento de 17,45% em 2007. A produção de cortes com maior valor agregado também foi incrementada, ajudando a alavancar o faturamento da indústria nos anos posteriores.
Outros resultados computados foi o crescimento da participação das vendas e produtos industrializados na receita global da cooperativa, passando de 0,52% em 1995 para 27,75% em 2007. Ao mesmo tempo, ajudou a ampliar em quase dez vezes o faturamento da cooperativa, com um total de R$ 1,4 bilhão em 2007 e R$ 153 milhões em 1995.